Sulinha Cidad3: Artistas cantam música da campanha de Aécio

Infância dos candidatos: 'Tancredo contava contos de assombração', Aécio Neves by Blog do Welbi

O candidato Aécio Neves, aos 5 anos

Vivi minha infância na Belo Horizonte dos anos 60, cidade grande, mas com jeito de interior.

Durante a semana, colégio e brincadeiras no quintal. No fim de semana, alegrias diferentes. Eu me lembro das revistinhas compradas na banca em frente à padaria Savassi e da ansiedade para trocar figurinhas. Sábado era dia de sorvete no supermercado Servebem e de cinema no Pathe, atividades acompanhadas por minha mãe, Inês, e minha avó Risoleta.

O melhor de tudo era a bola. Sou do tempo em que marcávamos as traves do gol com os tênis, e a partida se dava no meio da rua. Paradas estratégicas para um ou outro carro que vinha e cuidado para não acertar a janela do vizinho.

Adorava futebol e acompanhava, orgulhoso, meu pai, Aécio, jogador dos veteranos do Cruzeiro, o Raposão! Os jogos no Mineirão eram programas para os quais nos preparávamos a semana inteira. Olhava com admiração os craques, muitos, hoje, meus amigos. Aprendi com meu pai a paixão pelo futebol.

Nas férias, viajávamos para São João Del Rei. Meu avô Tancredo tinha por hábito convocar os netos para suas longas caminhadas pela cidade. Era assim que íamos ouvindo histórias.

Tancredo era um bom contador de casos e, à noite, gostava de nos contar histórias de assombração. Acabava repetindo, sem perceber, os mesmos contos, que nós, os mais velhos, já sabíamos de cor. Mas ouvíamos com atenção, fingindo surpresa para não decepcioná-lo.

Meu pai e meu avô guiaram meus passos, e o afeto encorajador de minha mãe e de minha avó abençoaram meu caminho. Sinto profunda gratidão. Parte importante do que me tornei devo à alegria e à confiança com que vivi aqueles anos. Ser um bom pai para Gabriela, Julia e Bernardo é a minha forma de honrar o exemplo que recebi de cada um deles.

Por Blog do Welbi