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04 outubro, 2014

A repercussão da morte do cineasta e ator Hugo Carvana



 

Diretor fez filmes como 'Vai trabalhar, vagabundo' e 'Bar Esperança'.
Como ator, trabalhou nas novelas 'Roda de fogo' e 'Celebridades'.

Hugo Carvana acena para foto durante o Festival de Cinema de Brasília, em 10 de julho de 1991. Diretor fez filmes como 'Vai trabalhar, vagabundo' e 'Bar Esperança' (Foto: Protásio Nene/Estadão Conteúdo)Hugo Carvana acena para foto durante o Festival de Cinema de Brasília, em 10 de julho de 1991. Diretor fez filmes como 'Vai trabalhar, vagabundo' e 'Bar Esperança' (Foto: Protásio Nene/Estadão Conteúdo)
O cineasta e ator Hugo Carvana morreu neste sábado (4) aos 77 anos no Rio por complicações no pulmão. Ele estava internado desde o último domingo (28). Em sua obra, Carvana ficou marcado por retratar o típico "malandro carioca" em suas comédias de costumes.
Veja abaixo repercussão da morte de Hugo Carvana:

Dilma Rousseff, presidente, no Twitter
"Foi com tristeza que tomei conhecimento da morte do ator e diretor Hugo Carvana, referência do cinema e da TV brasileira (...) Aos familiares, amigos e fãs ofereço meus sentimentos."
Luiz Fernando Pezão, governador do Rio, em nota
"Além de extraordinário ator e excelente diretor, Hugo Carvana tinha o dom de nos alegrar, principalmente quando levava as características e os trejeitos cariocas para suas criações. O cinema e a televisão brasileiros ficam mais tristes sem Carvana. Minha solidariedade aos parentes e amigos pela perda."

Cacá Diegues, cineasta
“Para o cinema, a TV, para tudo. Ele não era somente um ator extraordinário, mas diretor, um intelectual que pensava o Brasil. É uma coincidência triste: Carvana era como José Wilker, um autor, pensava as coisas do Brasil, do cinema, tinha interesse grande pelo estado do mundo.”
Gloria Perez, autora de novelas, no Twitter
"Sábado triste, sem Hugo Carvana."
Serginho Groisman, apresentador, no Twitter
"Triste com a morte de Hugo Carvana... Seus filmes e obras na TV nunca deixaram dúvidas sobre seu talento. Fica em paz."
Cristiana Oliveira, atriz, no Twitter
"Querido! Vai com Deus! Deixou sua mensagem aqui; generosidade, coleguismo, respeito. Sentiremos falta…"

Tássia Camargo, atriz, em nota
"Fui surpreendida na manhã deste sábado com a triste notícia do falecimento de um grande amigo, o Hugo Carvana. Ele que também era um excelente ator, diretor e cineasta (...) Há algum tempo tive a honra de encontrar o Hugo num encontro de artistas e intelectuais aqui no Rio. Estou muito triste com a notícia, é uma perda muito grande para a classe artística, o Brasil e a cultura brasileira."

Leda Nagle, jornalista, no Facebook
"Que pena!"

Celso Fonseca, cantor, no Twitter
"Que ele descanse em paz... Mais um dos bons que se vai."
Página do Festival do Rio no Facebook
"O Festival do Rio lamenta profundamente a perda deste grande ícone da malandragem carioca. Em meio à tristeza, nos sentimos honrados em ter prestado sua última homenagem ainda em vida e em ter contado com a presença de todos os seus filhos."
Ilda Santiago, diretora do Festival do Rio
"Com a morte de Hugo Carvana uma parte da alma carioca desaparece. O festival tem grande orgulho de ter prestado esta homenagem a ele, ainda em vida", disse, referindo-se à sessão especial do filme "Vai trabalhar vagabundo", dirigido por Carvana, com cópia restaurada, exibida no último sábado (27). Todos os filhos de Hugo Carvana estavam presentes: Júlio, Cacala, Rita e Pedro Carvana. O cineasta não pôde comparecer à sessão de gala devido à saúde debilitada.

Biografia
Dentre os filmes que dirigiu, estão "Vai trabalhar, vagabundo" (1973), "Se segura, malandro" (1977), "Bar Esperança, o último que fecha" (1982), "O homem nu" (1996), "Casa da mãe Joana" (2007) e "Não se preocupe, nada vai dar certo" (2009). Na TV Globo, atuou também em novelas como "Corpo a corpo" (1984), "Roda de fogo" (1986), "O dono do mundo" (1991), "De corpo e alma" (1992), "Fera ferida" (1993), "Celebridade" (2003) e "Paraíso tropical" (2007). Um de seus papéis mais conhecidos foi o do repórter policial Valdomiro Pena, do seriado "Plantão de polícia" (1979-1981).
Seu último trabalho como diretor foi "Casa da mãe Joana 2" (2013). Como ator, fez parte do elenco de "Giovanni Improtta" (2013), de José Wilker.
Hugo Carvana nasceu no dia 4 de julho de 1937, filho da costumreira Alice Carvana de Castro e do comandante da Marinha Clóvis Heloy de Hollanda. Era "um ilustre suburbano de Lins de Vasconcelos, que nunca renegou sua origem simples", conforme destaca o perfil no site oficial. O texto cita ainda que o ator e diretor ficou marcado em sua trajetória por ter "um quê de malandragem".
Na juventude, para conseguir entrar no estádio e torcer pelo Fluminense, costumava se disfarçar de vendedor de balas e ambulante. "Figura obrigatória nas mesas dos bares da noite carioca, cultivou amizade com grandes nomes da boemia e das artes – Roniquito, Ary Barroso, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, foram alguns", diz o perfil.
"Através dessa vivência criou personagens que povoam o universo carioca, como o malandro Dino em 'Vai trabalhar vagabundo'." A primeira vez em que viveu esse tipo de personagem foi em "O capitão Bandeira contra o dr. Moura Brasil" (1970), de Antônio Calmon.
O ator Hugo Carvana em frente ao Espaço Unibanco de Cinema em São Paulo (SP), em 12 de maio de 1997 (Foto: Vidal Cavalcante/Estadão Conteúdo)O ator Hugo Carvana em frente ao Espaço Unibanco de Cinema em São Paulo (SP), em 12 de maio de 1997 (Foto: Vidal Cavalcante/Estadão Conteúdo)

 http://www.portaldoholanda.com.br/sites/default/files/hugo-carvana-2.jpg


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