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27 abril, 2014

Genial Paulo César Francisco Pinheiro

Paulo César Francisco Pinheiro (Rio de Janeiro, 28 de abril de 1949) é compositor e poeta brasileiro. É creditado por mais de 2 mil canções, compostas com cerca de 120 parceiros, uma grande variedade que inclui músicos como João Nogueira, João de Aquino, Francis Hime, Dori Caymmi, Antônio Carlos Jobim, Ivan Lins, Edu Lobo, Mauro Duarte, Guinga, Toquinho, Eduardo Gudin e Maria Bethânia.
Sua primeira composição foi aos 14 anos, "Viagem", em parceria com João de Aquino. Quatro anos depois começou a destacar-se como letrista estabelecendo parcerias com Baden Powell, principalmente na voz de Elis Regina - como sua primeira canção registrada, "Lapinha". Outras intérpretes marcantes foram Elizeth Cardoso, Simone e Clara Nunes, com quem foi casado até a sua morte em 1983, e os conjuntos MPB-4 e Quarteto em Cy. Em 2002, foi premiado, juntamente com Dori Caymmi, com um Grammy Latino na categoria de "Melhor Canção Brasileira".5 No ano seguinte ganhou o Prêmio Shell pelo CD O Lamento do Samba.

O poeta do Brasil, circa 1977

Autobiografia bastante resumida

[resumo escrito por Paulo Cesar Pinheiro
(quando ainda grafava César com é)
como introdução ao seu primeiro livro de poesia,

Canto Brasileiro; tinha 27 anos na época]
23 de março 2002

PCP com o parceiro Baden Powell

Filho de pais operários, nasci em 28 de abril de 1949. Sou de touro. Sangue misturado. Caboclo e índio. Meu pai sendo do sertão do Cariri, Campina Grande, Paraíba. Minha mãe de uma das ilhas do litoral de Angra dos Reis, Estado do Rio. Ramos, subúrbio da Leopoldina, foi meu berço. Com 3 anos fui para Jacarepaguá, vila dos trabalhadores da Light (onde ficou o suor de meu pai). Aos 10 anos senti um nó na garganta e fiquei até hoje com a imagem de um velho caminhão de mudanças na cabeça: fui para São Cristóvão. Entre Jacarepaguá e São Cristóvão, Angra dos Reis na minha vida. Foi lá que fiz meu primeiro verso. Tinha 13 anos. Sensação igual nunca mais senti. João de Aquino, primo de Baden Powell, foi meu primeiro parceiro. Com ele fiz, aos 15 anos, “VIAGEM”, que se imortalizou. Aos 16 comecei a minha parceria com Baden com o samba “LAPINHA” que em 1968 vencia a 1.a Bienal do Samba da TV Record e foi a minha 1.a música gravada. Com Ellis Regina, o grande ídolo da época. De lá pra cá fui conhecendo os grandes e compondo com eles. Depois todos gravavam meus sambas. A safra com Baden era grande e aumentava cada vez mais. Era Ellis, era Elizeth Cardoso, era MPB-4, era Márcia, e era o próprio Baden, ídolo de toda a Europa, gravando lá fora. Em 70 fui com ele pra Paris. Fiquei perto de 15 dias. Fui pra ficar. Acabei voltando por causa daquela esquina de São Cristóvão. Ganhei mais 2 festivais: um universitário de S. Paulo com “E lá se vão meus aneis” com Eduardo Gudin, e o outro, o Internacional da Canção com “Diálogo” com Baden, no Brasil e na Espanha. Além de classificações em outros com “Sermão” (com Baden), “A Grande Ausente” (com Francis Hime), “Sagarana” (com João de Aquino), “Anunciação” (com Francis), etc.
O trabalho começou a aumentar e se estender nesses últimos anos. As parcerias foram sendo feitas. Com Baden umas 90 músicas já, dentre as quais “Samba do Perdão”, “Falei e Disse”, “Quaquaraquaquá”, “Aviso aos Navegantes”, com Ellis; “Carta de Poeta”, “É de Lei”, “Refém da Solidão”, “A Volta”, “Violão Vadio”, com Elizeth; “Rimas”, “Elegia”, “Última Forma”, com Márcia; a trilha de novela da Rede Globo “O Semideus” com 12 músicas; a trilha do filme “A Vingança dos Doze”; 3 ou 4 “shows” de Baden escritos por mim e etc... Com Gudin, “A Velhice da Porta-bandeira”, “Mordaça” (MPB-4), “Olha quem Chega”, “Justiça” (Elizeth), “Maior é Deus” (Beth Carvalho) etc. Com Maurício Tapajós, “Pesadelo”, “Faz Tempo”, “Agora é Portela—74” (MPB-4). Com Dori Caymmi, a música do filme T“Tati, a Garota”, “Evangelho”. Com Edu Lobo, a música da peça “A Teoria na Prática é Outra”, “Vento Bravo” (Edu e Herb Alpert). Com Miltinho, “Cicatrizes”, “De Palavra em Palavra”, também com Tapajós, “Canto dos Homens” (MPB-4). Com João Nogueira, “Espelho”, “Batendo a Porta”, “Braço de Boneca”, “Eu, Hein, Rosa” (João). Com Paulinho Valdez “A Água e a Pedra”, “Antes, Durante e Depois” (Elizeth).
De 73 pra 74 gravei meu 1.o LP cantando minhas músicas. Em 74 fiz a versão da peça “PIPPIN”, com 15 músicas, montada no Teatro Manchete. Em 75 fizemos—eu, Gudin e Márcia—o “show” “O Importante é que a nossa emoção sobreviva”, em São Paulo. E gravamos um LP ao vivo. E fizemos as músicas do filme “A Flor da Pele”. Me casei nesse ano com Clara Nunes pra quem já fiz muitos poemas e um samba lindo chamado “MINEIRA” com João Nogueira. Clara também já gravou coisas minhas: “Menino-Deus” e “Canto das Três Raças” com Mauro Duarte; “Punhal” e “Valsa de Realejo” com Guinga. Em 76 estreei no Teatro Ginástico do Rio e gravei o 2.o LP do “show”. Tenho entre 150 e 200 músicas gravadas, sem contar com regravações, o que iria a mais de 500. Na gaveta, inéditas, mais umas 100. O que, tendo como tenho 27 anos, e com 9 de profissional, acho que está razoável. Lanço em 77, depois de muitas “pedras no caminho”, esse meu 1.o livro de poesias que, como diz o Chico Buarque no prefácio, “não vende no Brasil”.
Mas “Tô sempre por aí” como diz um samba meu devidamente liberado pelos órgãos competentes.
Paulo César Pinheiro
http://daniellathompson.com/Texts/Depoimentos/Paulo_Cesar_Pinheiro.htm




 
http://veja.abril.com.br/blog/meus-livros/files/2010/05/paulo-cesar-pinheiro-div2.jpg
A foto, de 1985, registra um encontro de Bambas: Paulo César Pinheiro, Beth Carvalho, Nelson Cavaquinho, Chico Buarque, João Bosco, Carlinhos Vergueiro, Cristina Buarque e Mauro Duarte. A turma se juntou para gravar um disco em homenagem a Nélson Cavaquinho. O título, "Flores em Vida".
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/Cidad3_ImprensaLivre/conversations/messages/67397




https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmcslC7ZaoHWepYZH1MMrdPqlPKmbktnXD6hbCKJ2ijdLIByAosC2LAlP19JTYTcoq1BdCNdGqNQWbPmInW-SppifGlB3DIgNJ4am4mjM58IxWhUxLLpShlLWUQ_3yyYPy5l_KMDfAYBqb/s400/JpYSBCZXRow6JuaWEgIGUgUGF1bG8gQ8___+filename_1=__Opc2FyIFBpbmhlaXJvICAtICBob3IgMSBPdXQgMjAxMCAtIGZvdG8gQ3Jpc3___+filename_2=__RpbmEgR3JhbmF0by5qcGc=_=.jpg
com Maria Bethania

Com Clara Claridade Nunes 



Homenagem da esposa Luciana Rabello ao Genial PCP!!!


INSPIRA, CAVAQUINHO!
A cavaquinista Luciana Rabello vai lançar o disco “Candeia branca” em show no Solar de Botafogo, neste 9 de abril, quando completa 29 anos de casamento com Paulo César Pinheiro. De presente, vai cantar “Teu amor”, feita para o compositor, que escreveu letras biográficas para muitos parceiros, como Raphael Rabello (“Sete Cordas”) e Wilson das Neves (“O samba é meu dom”). É a primeira vez que Paulinho inspira um samba.




Sabedoria, Saúde e $uce$$o: Sempre.