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31 março, 2014

Paraguaio… o primeiro sete da estrela solitária by tardesdepacaembu


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Alguns cronistas o culparam pela perda do campeonato carioca de 1971, outros, evidentemente, culparam a atuação do árbitro José Marçal Filho, que validou o gol irregular do ponteiro esquerdo Lula do Fluminense.
Há quem diga que a culpa foi de Paulo Cesar Lima, ao ser fotografado para a revista Placar com a faixa de campeão carioca de 1971, antes mesmo do encontro final no Maracanã.
Paraguaio em 1971. Crédito: revista Placar - 1 de outubro de 1971.
Paraguaio em 1971. Crédito: revista Placar – 1 de outubro de 1971.
O diretor de futebol Zeferino Xisto Toniato, era um deslumbrado com as metodologias de trabalho do técnico Paraguaio frente ao elenco do Botafogo naquele ano de 1971.
Mas, o segredo de tanta aprovação era muito simples. Além de conhecer o futebol em todas as suas esferas dentro e fora dos gramados, Paraguaio era capaz de ouvir os jogadores e manter um ótimo relacionamento com todos os funcionários do clube.
Crédito: albumefigurinhas.no.comunidades.net.
Crédito: albumefigurinhas.no.comunidades.net.
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Egídio Landolfi nasceu na cidade de Campanário, no Mato Grosso, em 30 de janeiro de 1928. As referências históricas sobre sua trajetória inicial no futebol são difíceis de serem encontradas.
Até o apelido de Paraguaio remete a uma passagem do jogador pelo Olímpia do Paraguai entre os anos de 1944 e 1945. O que se sabe foi registrado no livro “Nunca houve um homem como Heleno”, de Marcos Eduardo Neves, publicado pela editora Zahar.
Crédito: revista O Globo Sportivo Nº 673.
Crédito: revista O Globo Sportivo Nº 673.
Crédito: revista O Globo Sportivo Nº 666.
Crédito: revista O Globo Sportivo Nº 666.
A página 172 do livro relata que Heleno de Freitas recebeu uma carta de seu primo, Aldo de Freitas, secretário da embaixada brasileira no Paraguai, recomendando o ponteiro que matava a pau defendendo a camisa do Olímpia.
Dessa forma, sua chegada ao Botafogo está mais do que justificada, bastando apenas esclarecer como Egídio Landolfi foi parar no Paraguai.
Crédito: reprodução revista Esporte Ilustrado N. 593- 18 de agosto de 1949.
Crédito: reprodução revista Esporte Ilustrado N. 593- 18 de agosto de 1949.
E Paraguaio, o ponteiro das investidas ousadas e insinuantes, foi o primeiro camisa sete de uma linhagem marcante ao longo da história do Botafogo. A história das numerações nas camisas de futebol tem seu início no ano de 1946, quando a FIFA foi instituindo aos poucos a novidade.
O livro Timão 100 anos de Celso Unzelte, publicado pela Ed. Gutenberg, mostra que o Corinthians utilizou números em suas camisas já no ano de 1946. Mas se tratando de campeonato carioca, a obrigatoriedade foi instituída somente em 1948.
O gol de Paraguaio, camisa 7, na final contra o vasco em 1948.
O gol de Paraguaio, camisa 7, na final contra o vasco em 1948.
Botafogo de 1948: Em pé: Gerson. Oswaldo. Nilton Santos. Rubinho. Avila e Juvenal. Agachados: Paraguaio. Geninho. Pirillo. Otávio e Braguinha. Crédito: revista do Botafogo.
Botafogo de 1948: Em pé: Gerson. Oswaldo. Nilton Santos. Rubinho. Avila e Juvenal. Agachados: Paraguaio. Geninho. Pirillo. Otávio e Braguinha.
Crédito: revista do Botafogo.
Com uma campanha marcada por altos e baixos no início da competição, o Botafogo chegou com méritos na final do campeonato de 1948 para enfrentar o temido Vasco de Barbosa, Eli, Danilo Ademir, Ipojucan e Chico.
Há treze anos sem ganhar um Campeonato Carioca, a torcida do Botafogo lotou o Estádio de General Severiano naquele dia 12 de dezembro de 1948.
Logo nos primeiros minutos daquela contenda, a torcida alvinegra comemorou o tento de cabeça do ponteiro Paraguaio. Braguinha e Otávio deram números finais ao placar de 3×1 e a festa do título começou.
Crédito: albumefigurinhas.no.comunidades.net.
Crédito: albumefigurinhas.no.comunidades.net.
Paraguaio, Alarcon, Leônidas, João Carlos e Denone. Crédito: revista Esporte Ilustrado Nº 862.
Paraguaio, Alarcon, Leônidas, João Carlos e Denone. Crédito: revista Esporte Ilustrado Nº 862.
Era o primeiro título na carreira de Paraguaio que permaneceu no Botafogo até 1953, quando teve uma rápida passagem pelo Fluminense antes de desembarcar no América.
Vice-campeão carioca de 1954 e 1955, Paraguaio trouxe muita experiência ao jovem time do América. O ponteiro direito permaneceu no América até meados da temporada de 1958, quando deixou definitivamente os gramados.
Em seguida começou sua carreira como treinador, obtendo seu auge no início dos anos setenta, quando treinou o próprio Botafogo no campeonato carioca e no campeonato brasileiro. Paraguaio faleceu no ano de 1998.

Créditos de imagens e informações para a criação do texto: revista Placar (por Fausto Netto e Teixeira Heizer), revista Esporte Ilustrado, revista O Globo Sportivo, revista do Botafogo, mundobotafogo.blogspot.com.br, campeoesdofutebol.com.br, museudosesportes.blogspot.com, albumefigurinhas.no.comunidades.net, Livro: “Nunca houve um homem como Heleno” – Marcos Eduardo Neves – Editora Zahar.

To: sulinhacidad3@live.com
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