Os Estados Unidos e a Colômbia chegaram a um acordo sobre a deportação de cidadãos colombianos sem visto de moradia nos EUA.
Após anunciar que não permitiria a entrada de aviões militares dos EUA com os deportados na Colômbia, o presidente Gustavo Petro voltou atrás na noite de ontem, depois de Trump ameaçar o país com tarifas de importação de 25%, que poderiam chegar a 50% em uma semana.
O acordo foi anunciado em comunicado da Casa Branca e apresentado como uma vitória dos EUA. "Os eventos de hoje deixam claro para o mundo que a América é novamente respeitada".
Antes, Petro e Trump haviam trocado mensagens agressivas pelas redes sociais. O impasse começou quando o presidente colombiano proibiu a entrada de aviões militares dos EUA com deportados no país. "Um imigrante não é um criminoso e deve ser tratado com a dignidade que um ser humano merece", disse na rede social X.
A Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos discutirá na quinta-feira, em assembleia extraordinária, as deportações de imigrantes iniciadas pelo governo de Donald Trump.
Ontem, o Itamaraty divulgou um comunicado em que diz que o Brasil considera "inaceitável (...) o tratamento degradante dispensado aos brasileiros e brasileiras algemados, nos pés e mãos," repatriados em um voo militar americano no sábado.
Palestinos voltam à pé para o norte da Faixa de Gaza
Mais de 200 mil palestinos começaram a voltar a pé para suas casas nas cidades do norte da Faixa de Gaza, destruídas por ataques de Israel.
Imagens capturadas por drones mostram uma massa humana se deslocando lentamente por uma estrada junto à praia.
A abertura de pontos de passagem pela barreira militar chamada de Corredor de Netzarim foi realizada por Israel na manhã desta segunda.
O premiê Netanyahu anunciou que, em troca, o Hamas libertará mais seis reféns capturados no ataque de 7 de outubro de 2023.
Segundo autoridades da Faixa de Gaza, 65% de todas as construções no norte do território palestino foram destruídas. Na maior cidade, Gaza, essa proporção chega a 75%.
Trump defende 'limpar' a Faixa de Gaza
Donald Trump disse no sábado que quer "limpar" a Faixa de Gaza e transferir a população palestina para outros países.
"Estamos falando de 1,5 milhão de pessoas, e simplesmente limparemos tudo isso", disse durante conversa com jornalista a bordo do avião presidencial. "Gostaria que o Egito levasse as pessoas e gostaria que a Jordânia levasse as pessoas".
A declaração foi prontamente condenada pelo Hamas, pela Autoridade Palestiniana e por líderes árabes.
Hoje, o Ministério das Relações Exteriores disse que Berlim compartilha a opinião da "União Europeia, de parceiros árabes, da ONU de que a população palestina não deve ser expulsa de Gaza e que Gaza não deve ser permanentemente ocupada ou recolonizada por Israel".
Presidente afastado é denunciado na Coreia do Sul
Promotores sul-coreanos denunciaram formalmente à Justiça o presidente afastado, Yoon Suk Yeol, pelo crime de insurreição, cuja punição pode ser prisão perpétua ou pena de morte, entre outras medidas.
A denúncia foi motivada pela tentativa de Yoon de impor a lei marcial ao país no começo de dezembro e ter ordenado a invasão da Assembleia pelo Exército.
A iniciativa fracassou depois que os deputados se reuniram às pressas para derrubar a medida e milhares de manifestantes foram às ruas em protesto.
"A punição do líder do golpe finalmente começa", disse o porta-voz do oposicionista Partido Democrata, Han Min-soo.
Os advogados de Yoon criticaram a acusação como a "pior escolha" feita pela promotoria. Yoon está preso desde o dia 15, depois de também ser destituído do cargo pelo parlamento, mas a decisão está em análise pela Suprema Corte do país, que decide se mantém ou revoga seu impeachment, aprovado pelos deputados.
Lukashenko vai para o 7º mandato
Alexander Lukashenko, um dos principais aliados de Vladimir Putin na Europa, foi reeleito ontem para um sétimo mandato de cinco anos.
De acordo com uma pesquisa de boca de urna, ele obteve cerca de 88% dos votos.
Com a maioria dos principais opositores de Lukashenko no exílio ou na cadeia, o pleito foi descrito pela União Europeia como "uma farsa".
O presidente belarusso é o líder europeu há mais tempo no poder, que ocupa desde 1994.
Em 2020, seu governo reprimiu violentamente os maiores protestos populares da história do país, após uma eleição classificada de fraudulenta pela oposição e por observadores internacionais.
Com apoio de Lukashenko, o território de Belarus foi usado pelas forças russas na invasão da Ucrânia, com quem o país faz fronteira ao sul.