Curadoria semanal com o que há de melhor nos veículos de comunicação do mundo
Domingo, 19 de janeiro de 2025
PSYCHE
Ser ignorado ou excluído pode ser doloroso, mas enquanto indivíduos singulares, as múltiplas maneiras que reagimos a isso também dita os efeitos desse sentimento em nosso organismo. Este texto explora os efeitos psicológicos do ostracismo e mostra como ele ameaça necessidades fundamentais, como pertencimento e autoestima. As reações à exclusão variam. Enquanto algumas pessoas buscam se reconectar socialmente, outras se afastam ou até reagem de forma agressiva. A pesquisa sugere, no entanto, que quando a busca por aprovação e pertencimento é repetidamente posta à prova, o ostracismo pode se tornar mais do que um simples desprezo e contribuir para a depressão, ansiedade e alienação. >>
THE NEW YORKER
Cal Newport, professor de ciências da computação na Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos, escreveu em 2013 num blog (lembra deles?) um post chamado “Why I Never Joined Facebook” (“por que nunca entrei no Facebook”, em tradução livre). A publicação viralizou, e Newport foi convidado para falar em entrevistas e TEDx Talks sobre por que não deveríamos perder tempo nas redes sociais. Em 2024, depois de uma cirurgia, ele ignorou os próprios argumentos e decidiu criar uma conta no TikTok, rede mais usada por seus alunos. Neste texto, ele divide suas conclusões sobre a experiência. >>
HBR
Os principais relatórios sobre jornalismo têm cravado, ano após ano, que as pessoas estão exaustas de notícias. Mas isso não é ruim só para a imprensa: é ruim também para os cidadãos individualmente e para a sociedade como um todo. Este artigo da Harvard Business Review traz as recomendações de alguns dos principais estudiosos de mídia dos Estados Unidos para um consumo mais saudável de notícias, o que inclui macetes para fugir do “doomscrolling” (a rolagem infinita nas redes sociais que nos leva a crer que tudo está muito ruim o tempo todo) e a construção de novos hábitos. >>
NATIONAL GEOGRAPHIC
Este texto da National Geographic discute vários estilos de criação diferentes, desde os mais tradicionais aos mais recentes e metafóricos. Uma criação mais autoritária pode levar a desenvolvimento de baixa autoestima e dificuldade em tomar decisões por conta própria, por exemplo. O material destaca a importância da criação de um vínculo seguro entre pais e filhos, buscando equilibrar os pontos negativos e positivos de cada tipo de estilo. >>
PIAUÍ
As empresas do Vale do Silício sempre propagaram uma cultura libertária, só que com respeito a minorias. Mesmo que plataformas concebidas pelos tech-oligarcas tenham sido instrumentalizadas na ascensão de uma nova extrema direita mundial, o discurso era de moderação e inclusão. Com o recente anúncio de mudanças na Meta, Mark Zuckerberg jogou às favas as aparências, num movimento oportunista de adesão ao novo governo Trump. Zuck se soma ao também bilionário Elon Musk na abertura de portas para o discurso de ódio em nome da “liberdade de expressão”. Este texto de Pedro Abramovay e Yasmin Curzi de Mendonça publicado pela revista Piauí lembra que a sociedade americana é marcada por essa contradição desde a sua origem: Thomas Jefferson cravou o princípio de que os cidadãos são iguais e têm direitos inalienáveis como “a vida, a liberdade e a busca pela felicidade”. O mesmo Jefferson que tinha centenas de pessoas escravizadas. Nesse “liberalismo escravocrata”, os autores mostram que países como EUA e Brasil combinam “belos ideais iluministas com as maiores atrocidades”. >>
DW BRASIL
Brasileiros são a quinta maior comunidade de imigrantes na Irlanda – cerca de 80 mil pessoas vivem no país europeu de forma legal, muitos atraídos pela oportunidade de permanecer de vez e por um custo de vida menor do que em outros territórios europeus. A convivência entre locais e imigrantes se mantinha tranquila, mas a lua de mel parece estar azedando, como mostra este vídeo da Deutsche Welle Brasil. A sensação dos brasileiros é que o clima de insegurança e hostilidade é maior, principalmente entre entregadores de comida, que têm sofrido ataques violentos. Os profissionais relatam agressões físicas recorrentes por grupos locais, que atacam em bando e têm aderido ao discurso anti-imigração de extrema direita. >>