Pressionado a votar temas importantes na reta final do ano, como o corte de gastos e a reforma tributária, o Congresso achou tempo para dar tração a projetos polêmicos e de relevância no mínimo questionável. Em pouco mais de um mês, deputados fizeram avançar propostas que, entre outras coisas, restabelecem o voto impresso, acabam com o aborto legal, impõem a castração química para estupradores e liberam armas para pessoas sob inquérito policial, além de anistiar quem possui armas ilegalmente. Patrocinada pela bancada de direita, a ofensiva legislativa visa aproveitar o que resta de poder ao grupo enquanto eles ocupam ainda posições estratégicas. Em fevereiro de 2025, colegiados vitais como as comissões de Constituição e Justiça, Segurança e Educação, todas sob comando bolsonarista, devem trocar de mãos. |