| Olá,
Trabalho no Intercept há menos de um ano e, deixa eu te contar: está sendo maravilhoso acompanhar de perto o poder de impacto social que só o jornalismo independente tem, mesmo com poucos recursos.
Vi mega-organizações, ricaços e políticos que se consideram intocáveis sendo responsabilizados judicialmente por suas ações, tudo por causa das reportagens exclusivas que o Intercept publicou.
Percebi que, enquanto houver alguém de olho nos poderosos, eles perdem o passe livre para explorar, enganar e violar os direitos dos mais vulneráveis.
Fazer parte destes impactos, junto com os leitores que doam todos os meses para tornar nosso trabalho possível, me mostra que ainda vale a pena lutar por um mundo mais justo.
Por isso, é muito importante que leitores como você apoie nossa campanha de fim de ano para garantir que esse importante jornalismo continue forte em 2025. Você nos ajudará a atingir nossa meta de R$ 500.000 até o ano novo? |
| | Nos aproximamos de um novo ano com desafios sem precedentes, que vão testar a esperança dos brasileiros.
Decidimos então compartilhar com você alguns exemplos de como as reportagens do Intercept mudaram a vida das pessoas em 2024, de Angola até Araçatuba. Mas antes, sinto que é meu dever te contar que nos bastidores nem tudo são rosas.
Quando comecei a trabalhar aqui, foi um choque descobrir como o Intercept, o mesmo jornal que foi capaz de desbancar a Lava Jato, precisa lutar todos os meses para conseguir apoiadores e continuar com suas investigações e denúncias – além de lidar com ameaças, perseguições e uma onda de processos judiciais milionários que ameaçam a sua própria existência.
Por isso, antes de embarcar na retrospectiva, peço que você nos ajude a atingir a meta de arrecadar R$ 500.000 até o ano novo.
O Brasil precisa que 2025 também seja um ano cheio de jornalismo com impacto social, e não de reportagens engavetadas por falta de recursos. Temos apenas 9 dias. Ajude o Intercept com R$ 20 hoje mesmo! |
| | | 🪖 O general investigado
Atrapalhamos a paz do gabinete do deputado Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde do Bolsonaro, responsável pela pior fase da resposta à pandemia.
Revelamos indícios de corrupção em uma esquema que envolve a esposa de seu assessor, a ex-funkeira MC Brunninha, com quem Pazuello fez aparições públicas. O TCU abriu uma investigação e constatou irregularidades nos contratos com o governo. |
| | 🚺 Uma luta contra o tempo
Júlia (nome fictício) é uma menina de 13 anos que foi obrigada pela Justiça de Goiás a manter uma gestação após sofrer estupro.
Revelamos o caso dela e, após muita repercussão e protestos pelas ruas de Goiás, o CNJ abriu uma investigação contra as juízas que negaram à menina seu direito ao aborto legal. Julia finalmente conseguiu realizar o procedimento. (Foi pelo menos o terceiro caso que revelamos dessa natureza.) |
| | 🤳 Coach sem Instagram
Como esquecer das mentiras descaradas, assédio e palhaçadas do Pablo Marçal? Como candidato de extrema direita na disputa pela prefeitura de São Paulo, o ladrão condenado queria falar sobre tudo menos nossas reportagens.
O Intercept revelou violações das leis eleitorais que acabou em uma ação judicial e o bloqueio das contas nas redes sociais do coach. Certamente atrapalhou sua campanha, que só não entrou no 2º turno por uma margem mínima. |
| | 🏚️ Pego no flagra
Falando na figura, fomos até a Camizungo, na Angola, e descobrimos que das 300 casas que Marçal se gabava de ter construído no vilarejo, apenas 30 estavam de pé. Ele não só usou essa iniciativa filantrópica em sua campanha como também arrecadou ao menos R$ 4,5 milhões em doações para ela.
A reportagem foi reproduzida em todos os principais veículos de imprensa e se tornou um tema central nos debates com a pergunta: cadê o dinheiro de Camizungo, Marçal? |
| | 🤑 Para fechar com chave de ouro
A história das casas nos levou para o sertão da Paraíba, onde nosso repórter encontrou o bicheiro local, que não sabia nada sobre os vínculos com Marçal, apesar de ser, no papel, o presidente da ONG para onde o dinheiro foi enviado.
Essa revelação também teve um grande impacto na eleição. |
| | 📗 Escolas paralelas
Revelamos o sigiloso e possivelmente ilegal "Projeto Mecenas" da Brasil Paralelo, a maior produtora de extrema direita do país. Eles estão fazendo parcerias com escolas e ONGs, 287 até agora, para disponibilizar seu conteúdo reacionário, que traz uma visão distorcida da história e da ciência.
O deputado Guilherme Boulos imediatamente protocolou um pedido para que o Ministério Público Federal investigue o esquema. |
| | 🎰 Prior na CPI das Bets
Tivemos acesso ao perverso contrato assinado por Felipe Prior, um influenciador ex-BBB, para recomendar empresas de apostas esportivas aos seus seguidores e, pasme, ganhar uma porcentagem de tudo o que eles perdiam. As bets estão tumultuando a economia nos últimos anos e destruindo famílias por todo o país.
Nossa reportagem levou o influenciador a ser convocado para depor em uma comissão parlamentar (CPI). |
| | 🎓 O mestre e os pupilos
Revelamos em duas reportagens que 19 ex-alunos, e seis outras testemunhas, acusaram Alysson Mascaro, um renomado professor de direito da Universidade de São Paulo, de assédio sexual e estupro. Dias após a primeira publicação, o número de supostas vítimas que nos procuraram subiu para 50.
A universidade abriu uma investigação, e após apuração preliminar, Mascaro foi afastado cautelarmente da universidade por “ fortes indícios de materialidade nos fatos”. |
| | ✊ Os 40 contra a Belo Sun
A gigante canadense da mineração, Belo Sun, perdeu a concessão de terras para exploração na Amazônia este ano. O principal advogado dos ativistas contou que as nossas reportagens foram cruciais para a decisão do juiz e que ele as incluiu em seus documentos apresentados para anular a concessão.
Nosso repórter foi perseguido por agentes de segurança da mineradora, fazendo com que uma das fontes que estavam no carro do Intercept começasse a chorar, temendo por sua vida.
Ela e outros 39 ativistas locais estavam sendo processados pela empresa na época e vinham sofrendo intimidações por tentar proteger sua terra. |
| | Por incrível que pareça, esta é só uma amostra de tudo o que o Intercept fez neste ano de 2024. Muito obrigada por ler, compartilhar, defender e financiar esse trabalho importantíssimo.
Mas como diz o ditado, quem vive de passado é museu, e já estamos focados em derrotar a máquina golpista da extrema direita em 2025, antes que seja tarde demais. Precisamos de você ao nosso lado hoje!
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| | Um abraço e bom final de ano, |
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