Facebook

Twitter

30 outubro, 2024

UOL - Boletins

 

Gabriela Biló/Folhapress
 
  
Fernando Haddad se reúne com Lula para discutir corte de gastos do governo
Carolina Juliano

Haddad se reúne com Lula, e Tebet fala em "coragem" para fazer cortes. O ministro da Fazenda, que passou a semana nos Estados Unidos em reuniões do Banco Mundial, do FMI e do G20, voltou ontem a Brasília e se reuniu com o presidente Lula durante duas horas no Palácio da Alvorada. O encontro ocorre em um momento em que o Ministério da Fazenda negocia uma agenda de corte de despesas com a cúpula do governo. Simone Tebet disse ontem durante um evento em São Paulo que o momento é de "coragem" para cortar gastos em políticas públicas que são ineficientes, usando o espaço que será aberto no orçamento para fazer investimentos, e não necessariamente superávit fiscal. No início do mês, a ministra do Planejamento disse que a equipe econômica do governo levaria ao Legislativo, após as eleições municipais, propostas para conter as despesas.

Congresso volta da eleição com pressão por anistia a 8/1 e reforma tributária. Câmara e Senado têm agendas intensas antes do fim do ano. As lideranças partidárias correm para negociar apoios para a escolha dos próximos presidentes das duas Casas. Também há pressão no Congresso para a regulamentação da reforma tributária, para resolver o impasse em torno do pagamento das emendas parlamentares e está em tramitação o projeto de lei que concede anistia para os golpistas do 8/1. A votação deste PL entrou de novo na pauta desta terça da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, mas parlamentares governistas trabalham para frear a movimentação diante da pressão feita por bolsonaristas para que os candidatos à presidência da Câmara e do Senado se comprometam com a votação do texto no plenário em 2025. Saiba mais.

Economistas preveem inflação acima do teto da meta pela 1ª vez no ano. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo deve terminar 2024 em 4,55%, um aumento de 0,05 ponto percentual em relação à última semana, de acordo com o boletim Focus divulgado ontem. Os economistas ouvidos pelo Banco Central subiram novamente a previsão para a inflação e o dólar neste ano. A elevação fez com que a previsão superasse a margem superior do teto da meta de 3%, com margem de 1,5 ponto para mais ou para menos, estabelecida pelo BC. É a primeira vez no ano que essa situação ocorre. Os economistas também elevaram a previsão do dólar para R$ 5,45, e a do PIB, que foi de 3,05% para 3,08%.

Suplicy é diagnosticado com câncer linfático e inicia tratamento. O deputado estadual e ex-senador Eduardo Suplicy, de 83 anos, recebeu em julho diagnóstico de linfoma não Hodgkin, um tipo de câncer que afeta as células do sistema linfático. De acordo com a colunista da Folha Mônica Bergamo, o linfoma está sendo tratado com imunoquimioterapia, que combina medicamentos endovenosos tradicionais com outros que estimulam o sistema de defesa do corpo a atacar as células cancerígenas. Suplicy já se submeteu a quatro sessões, e tem levado a vida em ritmo normal. Ele segue participando das sessões na Assembleia Legislativa e de atos públicos. Saiba mais.

Rodri conquista a Bola de Ouro e Vini Jr. fica em segundo lugar. O meio-campista do Manchester City desbancou o atacante do Real Madrid e, aos 28 anos, faturou o prêmio pela primeira vez em sua carreira. O evento foi cercado de polêmica depois de o Real Madrid ter anunciado que não iria à entrega do prêmio por saber antecipadamente que Vini Jr. não era o escolhido. A vitória do brasileiro era dada como provável até ontem. Além de Vini, Bellingham, Arda Guler e Lunin, que também disputaram prêmios, não compareceram à premiação, assim como Carlo Ancelotti, eleito melhor técnico do mundo. Vini terminou em segundo, e o resultado é o melhor de um jogador brasileiro em 17 anos. Saiba como foi a entrega.

Operadores trabalham na Bolsa de Nova York, nos EUA
Operadores trabalham na Bolsa de Nova York, nos EUA
Brendan McDermid/Reuters
 
  
Resultados de Alphabet (Google) e Santander movimentam o mercado hoje

Bom dia, investidores,

Veja quais são os destaques desta terça (29):

  • Santander divulga balanço, e Alphabet e Visa apresentam resultados nos EUA
  • Relatório Jolts nos EUA: foco no mercado de trabalho

Santander divulga balanço, e Alphabet e Visa apresentam resultados nos EUA

  • A terça-feira será movimentada pela divulgação de importantes resultados corporativos, tanto no Brasil quanto no exterior.
  • O Santander (SANB11) é o primeiro dos grandes bancos brasileiros a divulgar seu desempenho referente ao terceiro trimestre de 2024. O balanço será divulgado antes da abertura dos mercados.
  • De acordo com projeções do Itaú BBA, o Santander deve apresentar uma receita líquida de R$ 20,68 bilhões, com lucro líquido estimado em R$ 3,52 bilhões.
  • Nos Estados Unidos, o foco estará nas gigantes Alphabet (dona do Google), Visa e AMD, que também divulgam seus resultados hoje.

Relatório Jolts nos EUA: foco no mercado de trabalho

  • Além dos balanços corporativos, o destaque econômico desta terça-feira é a divulgação do relatório Jolts, um dos três indicadores sobre o mercado de trabalho dos EUA que serão divulgados nesta semana.
  • O relatório fornecerá uma visão detalhada das vagas de emprego em aberto no país e será observado de perto pelos investidores para ajustar as expectativas em relação à política monetária do Federal Reserve.

Veja o fechamento de dólar e Bolsa na segunda (28):

  • Dólar: 0,03%, a R$ 5,7084.
  • B3 (Ibovespa): 1,02%, aos 131.212,58 pontos.

Queremos ouvir você

Tem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br.

Hezbollah anuncia fundador Naim Qassem como novo líder

O Hezbollah anunciou hoje que Naim Qassem assumirá a liderança do grupo, após a morte no mês passado de Hassan Nasrallah, em um bombardeio israelense no sul de Beirute. O clérigo Qassem de 71 anos foi um dos fundadores do Hezbollah nos anos 80 e recentemente vinha ocupando o posto de vice-secretário-geral.

Segundo o comunicado, Qassem foi escolhido por sua "aderência aos objetivos" do Hezbollah. No final de setembro, após a morte de Nasrallah, Qassem declarou que o Hezbollah continuaria a "lutar contra Israel e vencer".

A indicação ocorre após a confirmação da morte do líder do Conselho da Shura, Hashem Safieddine, que até então era cotado como o mais provável sucessor de Nasrallah.

Israel expulsa agência da ONU

O parlamento israelense aprovou uma lei que proíbe a atuação da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) em seu território. A agência descreveu a decisão de "ultrajante". O porta-voz Adnan Abu Hasna afirmou que a medida significará o colapso da ajuda humanitária aos territórios palestinos.

Israel acusa a agência de empregar alguns funcionários ligados ao Hamas. Recentemente, a agência demitiu sete funcionários após uma investigação interna sobre as alegações. A UNRWA fornece assistência humanitária, incluindo água, alimentação, abrigo e educação, a quase 5,9 milhões de palestinos. A agência emprega cerca de 30 mil pessoas, a grande maioria delas recrutadas entre os próprios refugiados.

Tensão na Bolívia

O governo da Bolívia acusou ontem o ex-presidente Evo Morales de ter "armado um teatro" ao afirmar que seu carro foi alvo de 14 tiros de policiais ou soldados no domingo. O ministro do Interior, Eduardo del Castillo, afirmou que o motorista do carro de Morales se recusou a parar em uma blitz antidrogas, atropelou um policial uniformizado e que os primeiros disparos partiram do comboio do ex-presidente.

O episódio agrava o clima de tensão entre Morales e o presidente Luís Arce, a um ano da próxima eleição presidencial. Apoiadores de Morales bloqueiam há duas semanas algumas das principais estradas do país para evitar a prisão do ex-presidente, acusado de ter mantido relações sexuais com uma menor. Morales diz que o processo tem motivação política.

Apoiadores de Evo Morales bloqueiam estrada que liga La Paz a Cochabamba
Imagem: Aizar Raldes/AFP

Volks 'planeja fechar fábricas na Alemanha'

A Volkswagen planeja fechar três fábricas na Alemanha, demitir milhares de trabalhadores e cortar os salários em 10%. Os planos foram anunciados pela chefe da representação dos funcionários no conselho da empresa. Seria a primeira vez nos 87 anos de história da empresa em que fábricas são fechadas no país.

Questionada, a Volkswagen não confirmou o fechamento, mas fez referência a um comunicado anterior que deixava essa possibilidade em aberto. Segundo a direção da companhia, são necessárias medidas radicais para competir com automóveis chineses, lidar com a redução das vendas em outros importantes mercados e investir na transição para veículos elétricos.

Planeta em risco

Três relatórios divulgados ontem revelam o crescente desafio climático enfrentado pela humanidade. Segundo a ONU, os países prometeram neste ano reduzir a emissão de gases do efeito estufa entre 2019 e 2030 em 2,6%, valor bem abaixo da diminuição de 43% necessária para limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC.

Em outro documento, a ONU informou que as concentrações de dióxido de oxigênio na atmosfera atingiram mais um recorde no ano passado, 420 partes por milhão, com a maior taxa de crescimento já registrada.

Por fim, a primeira "Avaliação Mundial das Árvores", realizada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), revelou que 38% das espécies de árvores do mundo estão ameaçadas de extinção.

Deu no Wall Street Journal

Aumento da demanda reduz estoque de mísseis antiaéreos dos EUA. Segundo o jornal americano, a queda foi provocada pelo uso intensivo do "míssil padrão", lançado de navios, sobretudo para a defesa de Israel e de embarcações no Mar Vermelho.

A reportagem afirma que, desde o ataque do Hamas a Israel, mais de cem unidades do armamento foram disparadas pela frota americana no Oriente Médio para interceptar ataques e que um gargalo industrial dificulta a reposição. A redução do arsenal "levanta questões sobre a capacidade do Pentágono de responder ao conflito no Oriente Médio e na Europa e a um potencial confronto no Pacífico." Leia mais.

Ex-ministro da Casa Civil no primeiro governo Lula, José Dirceu participa de ato da campanha de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo, na avenida Paulista, no último sábado (26)
Ex-ministro da Casa Civil no primeiro governo Lula, José Dirceu participa de ato da campanha de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo, na avenida Paulista, no último sábado (26)
Danilo Verpa/Folhapress
 
  
Gilmar anula condenações de Dirceu: recado à Justiça ou decisão suspeita?
Roger Modkovski

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, anulou na segunda-feira (28) todas as condenações da Lava Jato contra o ex-ministro José Dirceu (PT). Com a decisão, Dirceu deixou de ser "ficha suja" e retoma seus direitos políticos.

A decisão atende a um pedido da defesa para estender ao ex-ministro a decisão da 2ª turma do STF que considerou o ex-juiz Sergio Moro suspeito para julgar Lula. Ela não é definitiva e ainda pode ser julgada pela 2ª turma.

Diante da decisão, Carolina Brígido ressalta a mudança de percepção de Gilmar em relação ao réu, cuja história reescreve -de artífice do mensalão a vítima da Lava Jato.

Para Josias de Souza, a decisão de Gilmar ajuda a explicar a derrota da esquerda nas recentes eleições municipais. Na argumentação, segundo Josias, Gilmar atribui tudo a Moro, a sua "confraria" e às "perversões" da Lava Jato, mas esquece que isso não apaga crimes que foram cometidos.

Leonardo Sakamoto afirma que a decisão de Gilmar Mendes manda um "recado" à Justiça. Segundo ele, havia "problemas reais" na Petrobras, mas, no afã de atingir o então ex-presidente Lula e de "tirar do jogo" figuras importantes do PT, foi feita muita coisa fora da lei. Para Sakamoto, Moro e a Lava Jato são os principais responsáveis por essa situação.

Finalmente, Wálter Maierovich defende que, por Gilmar ter muitas vezes levantado juízos negativos sobre Moro e a Lava Jato, sua decisão de reconhecer nulidade em favor de Dirceu é rigorosamente tão suspeita quanto a de Moro.

Carolina BrígidoGilmar Mendes, as convicções sobre José Dirceu e o vento

Josias de SouzaDecisão esdrúxula de Gilmar ajuda a explicar derrota da esquerda

Josias de SouzaReescrito pelo STF, petrolão vira assalto por geração espontânea

Leonardo SakamotoGilmar Mendes dá recado à Justiça ao anular condenações de Dirceu

Wálter MaierovitchDecisão de Gilmar sobre Dirceu é tão suspeita quanto a de Moro