Em 2022, 61 empresas britânicas aceitaram experimentar o novo modelo de trabalho por 6 meses – 54 delas nunca voltaram ao padrão.
Antes da pandemia, a ideia de não trabalhar presencialmente todos os dias parecia impossível para muita gente. Isso mudou e algumas mudanças no modelo de trabalho se mostraram benéficas. A mesma coisa pode acontecer com a ideia de uma semana de trabalho de 4 dias – adotada por algumas empresas e vista como uma realidade distante para muitas outras.
Em 2022, 61 empresas britânicas fizeram a mudança para quatro dias de trabalho e 3 dias de folga por semana e os resultados foram efeitos positivos que seguem até hoje. O que começou como uma experiência de seis meses foi mantido por 54 organizações, comprovando os benefícios a longo prazo da decisão
Qualidade de vida
Pesquisas de acompanhamento feitas pelo think tank Autonomy, em parceria com a 4-Day Week Campaign e a 4-Day Week Global, mostram benefícios de longo prazo na saúde física e mental, no equilíbrio entre trabalho e vida pessoal e na satisfação geral com a vida.
Para 100% dos CEOs ou gerentes entrevistados, a semana de 4 dias teve um efeito “positivo” ou “muito positivo” na organização. Entre os benefícios apontados, 82% citaram melhoria no bem-estar da equipe, 50% relatou redução da taxa de abandon do emprego e 32% disseram que o novo modelo foi positivo para o recrutamento de novos profissionais.
Aprendizados e desafios
As organizações participantes realizaram recentemente um webinar para compartilhar as suas histórias e experiências. Nicci Russell, CEO da organização sem fins lucrativos de conservação da água Waterwise, enfatizou a importância da adaptação ativa, dizendo: “Isso absolutamente não acontece por magia”. Reuniões mais curtas, períodos de foco definidos e tratamento cuidadoso de e-mails resultaram em maior eficiência.
Uma conclusão importante das pesquisas e trocas de experiências é que não existe uma fórmula única para a adoção da semana de trabalho de quatro dias. A Merthyr Valleys Homes, cooperativa habitacional que emprega 240 pessoas em diversas profissões, optou por horários flexíveis para atender às necessidades de indivíduos e equipes. “Para nós, a ideia de suspender o serviço de reparos para nossos inquilinos um dia por semana significava que não estaríamos prestando o mesmo serviço”, explica Ruth Llewellyn, que liderou o projeto. A solução foi fazer uma escala para garantir os serviços prestados, mas sem exigir que os colaboradores estivessem presentes 5 dias seguidos por semana.
Equilíbrio e produtividade
Apesar das diferentes táticas, os empregadores estão observando uma maior motivação e um desempenho consistente dos funcionários. Na Merthyr Valleys Homes, por exemplo, a equipe aprendeu a otimizar o tempo planejando com antecedência e respondendo rapidamente às ligações. De acordo com Ruth Llewellyn, “os funcionários estão mais motivados, o desempenho dos funcionários manteve-se consistente e as ausências por doença diminuíram”.
Lições aprendidas
Apesar dos bons resultados, existem também desafios. Dificuldades em atender às expectativas dos clientes fez com que algumas empresas desistissem da semana de 4 dias. Segundo a pesquisa, as soluções para este impasse seriam a melhoria das mensagens externas e uma maior flexibilidade na adaptação das políticas, especialmente em casos excepcionais.
Mas, de modo geral, os resultados são bem positivos: das 61 organizações participantes, apenas 6 voltaram ao modelo convencional de trabalho. Mas, das 54 que seguem com a semana de 4 dias, 31 já declararam que esta mudança é definitiva.
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