09 março, 2015

Menino rejeitado por heterossexuais por ser “feio e muito negro” é adotado por casal gay.

É 2015, mas a adoção de crianças por casais homossexuais ainda é um tema que divide opiniões. Para quem se posiciona contra, impera a ideia de que somente um casal heterossexual poderia fornecer estrutura para o crescimento saudável de uma criança, contudo, não é bem isso que prova o caso a seguir. Um garoto de quatro anos foi adotado por um casal homossexual após ser rejeitado por três casais heterossexuais. O motivo? Ele “era feio” e “negro demais”. Onde está, então, o amor e a estrutura que somente um casal heterossexual pode prover a uma criança?
O jornalista Gilberto Scofield Jr e Rodrigo Barbosa, seu companheiro, escreveram uma emocionante carta aberta no blog Ser mãe é padecer na internet contando os pormenores da adoção e provando, de uma vez por todas, que casais homossexuais têm, sim, condições de formar família. “A configuração da família moderna é baseada em relações de amor. Tem amor de verdade? Chame isso de família“, disse Barbosa em um post em sua página do Facebook. Abandonado por pais alcoólatras aos dois anos de idade, o garoto morava em um abrigo na cidade de Capelinha (MG) e, apesar de estranhar a ausência da figura feminina da mãe em um primeiro momento, não demorou a se acostumar e entender que o amor pode vir de dois pais.
Na carta, o casal aproveitou para bater de frente contra a iniciativa do atual presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, de “ressuscitar” o Estatuto da Família, documento que restringe a formação de família a casais heterossexuais. “Preste atenção num fato muito simples: toda a criança adotada por um casal de gays ou de lésbicas foi abandonada/espancada/negligenciada por um casal heterossexual, esse mesmo que o senhor julga serem os únicos capazes de criar filhos ‘normais’“, afirma.
Depois dessa inspiradora história, quem é contra a adoção por casais homossexuais vai precisar pensar bem em uma nova desculpa.
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Saúde, Sorte e $uce$$o: Sempre.