08 fevereiro, 2015

Cuba privatizou a gestão da água há mais de 15 anos e Abrir a caixa preta da Sabesp

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Enquanto nossos estatistas defendem com unhas e dentes a gestão estatal que nos levou ao risco crítico de falta de água e energia elétrica, Cuba (sim, Cuba) privatizou a gestão da água há mais de 15 anos. Por meio de uma joint venture com a Águas de Barcelona (da Espanha) e o empresário Enrique Martinon (acionista dos hotéis Sol Meliá em Cuba), o regime socialista mudou completamente o abastecimento de água na ilha. Desde então, a ampla maioria das casas passou a ter fornecimento contínuo de água potável com boa pressão (sim, isso não acontecia antes). O sistema apenas não é melhor porque o governo cubano ainda controla 50% da empresa e retém 50% das receitas, limitando a expansão da rede.

E então estadomiguxos, onde fica a sua lógica de "ain, água não é mercadoria, cai do céu e deve ser distribuída pra todos de graça, com os custos de distribuição, tratamento e gestão pagos pela imensa árvore que dá dinheiro?"

Foto: Sede da Águas de la Habana, a joint-venture mencionada no texto.

Fontes:
http://www.ahabana.co.cu/
http://www.municipalservicesproject.org/sites/municipalservicesproject.org/files/publications/Cocq-McDonald_Antipode_Minding_the_Undertow_Water_Privatization_in_Cuba_2010.pdf
 

Cuba (sim, Cuba) privatizou a gestão da água há mais de 15 anos by Instituto Liberal de São Paulo.

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 A Sabesp, no mesmo período que alertou sobre plano de racionamento de 5 dias sem água para 2 com abastecimento a partir de março, também se negou a revelar os contratos de privilégio com cerca de 500 empresas que recebem altos volumes de água. Juntas, elas consomem, em média, 1,9 milhão de m³/mês e tem desconto de até 40% como benefício pelo contrato. Se vai começar racionamento para resolver o estado de emergência hídrica, a empresa precisa racionar pra todos. A Lei de Acesso à Informação (LAI) determina, já no seu primeiro artigo, que toda a administração pública, incluindo “sociedades de economia mista e demais entidades” (a Sabesp parece se considerar uma exceção), que esses dados sejam públicos.

A empresa alega “segredo industrial” e “direito à privacidade e intimidade”. São contratos para clientes que consomem acima de 500m³/mês. Empresas como a General Motors do Brasil, o Jockey Club de São Paulo, a Ford Brasil, entre outras.
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Tem bairro sem água, com diminuição de pressão e racionamento há meses, tem bairro com menos problemas recebendo filas de caminhão-pipa durante a madrugada. Queremos um mapa digital com as rotas de todos os caminhões-pipa e horários previstos, para planejamento do abastecimento local. Tecnologia para isso não falta (revista exame: http://goo.gl/iItKM6).

Bairros com falta de água e redução de pressão por até 18h/dia:
Aricanduva
Butantã
Cidade Tiradentes
Cidade Universitária
Imirim
Ipiranga
Jd. Conquista
Penha
Raposo Tavares
Sacomã
Santa Etelvina
São Mateus
Sapopemba
Vila Matilde
Vila Sônia
Centro
Bom Retiro
Brás
Cambuci
Carrão
Freguesia
Lapa
Parí
Perdizes
Pinheiros
Vila Brasilândia
Vila Mariana
Aeroporto
Jabaquara
Moema
Saúde
Vila Alpina
Belém
Edu Chaves
Itaquera
Jd. Brasil
Moóca
Morumbi
Santana
Sumaré
Tatuapé
Tucuruvi
Vila Nova Cachoeirinha
Vila Romana
Vila Formosa
Americanópolis
Artur Alvim
Campo Belo
Cangaíba
Casa Verde
Chácara Flora
Cidade Líder
Cursino
Ermelino Matarazzo
Horto
Jaraguá
Jd. América
Jd. Popular
Mirante
Perus
Pirajussara
Pirituba
Pq Carmo
Vila do Encontro
Vila Jaguara
Vila Maria
Vila Medeiros
Brooklin
Itaim
Jaguaré
Paulista
Pq Cantareira
Santo Amaro
Guaianases
Itaim Paulista
Santa Terezinha
Colônia
Grajaú
Interlagos
Jd. Das Fontes
Parelheiros
Jd. Angela
Jd. São Luiz
Tremembé
Jd. São Pedro
São Miguel Paulista

Sentiu falta de bairros como Jardim Europa, Vila Nova Conceição, Jardim Paulistano, Ibirapuera, Higienópolis, Vila Olímpia, Jardins, Vila Madalena, Berrini (Vila Cordeiro), Alto de Pinheiros, Pompeia, Sumaré, Pacaembu? O racionamento não é para todos?
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