29 setembro, 2013

A lenda de Atlântida e a cidade egípcia revelada dentro do Mar Mediterrâneo.

“Há mais mistérios entre o céu e a terra do que a vã filosofia dos homens possa imaginar”.
William Shakespeare.
Em pleno Mar Mediterrâneo, que, digamos de passagem, banha uma das civilizações mais antigas do nosso planetinha, arqueólogos encontraram ruínas da desconhecida Heracleion, cidade egípcia que há mais de 1.200 anos está enterrada no lodo do assim chamado pelos romanos de ‘’Mare Nostrum’’ (“nosso mar”, em latim).
 A cidade perdida conheceu tempos gloriosos quando serviu como porta de entrada para o Egito antes da fundação de Alexandria em 331 a.C. Também teve importância religiosa pelo fato de lá existir o templo de Amon (deus supremo do antigo Egito). A cidade, chamada de Heracleion pelos gregos, foi fundada em VII a.C. e, segundo arqueólogos afundou nas profundezas devido a catástrofes naturais ou por parte da terra ser engolida pelo mar (exemplo brasileiro desse fenômeno é o arquipélago de Fernando de Noronha – PE), em meados do século VII d.C.
 Franck Dr. Goddio e uma equipe do IEASM, Instituto Europeu para Arqueologia Subaquática, se depararam primeiramente com uma estátua de granito preto representando Ísis, deusa da mitologia egípcia. A redescoberta da cidade, chamada de Thonis pelos antigos egípcios em 2000, logo revelou paredes, templos, casas, um porto, estatuas de deuses, instrumentos de bronze e brincos de ouro do século IV a.C., tudo isso e outros artefatos a mais de 30 pés abaixo da superfície do mar.
 A escavação do território de Aboukir Bay (perto de Alexandria) durou 13 anos produzindo também um documentário, e, pelas descobertas de 64 naufrágios, que datam do século VI para o II a.C., 700 ancoras e pesos de Atenas (nunca encontradas antes em sítios egípcios), pesquisadores apontam que a cidade era um grande e agitado centro comercial. O Professor Sir Barry Cunliffe, da Universidade de Oxford (Reino Unido), arqueólogo que ajudou em parte da escavação, comenta pelo The Huffington Post: “A evidência arqueológica é simplesmente impressionante! Ao ficarem intocados e protegidos por areia no fundo do mar, durante séculos, eles estão brilhantemente preservados.” – uma civilização congelada no tempo.
 Thonis-Heracleion compara-se com a lenda de Atlântida, ou seja, segundo o filosofo grego Platão em suas obras “Timeu ou a Natureza” e “Críticas ou a Atlântida“, a lendária ilha ou continente perdido que teria afundado após uma tentativa fracassada de invadir Atenas “em um único dia e noite de infortúnio”.
 ”Estamos apenas no início de nossa pesquisa, provavelmente, aqui tem trabalho pra mais 200 anos“, disse Dr. Goddio em entrevista ao Telegraph. E as futuras gerações estarão esperando ansiosamente pelos resultados.

Rainha ptolemaica vestida de deusa Ísis considerada patrona da magia e natureza, assim adorada como mãe e esposa
Estela intacta de granito preto, com 1.95 cm de altura, apresenta um édito do faraó Nectanebo I (380 a 362 a.C.)


Franck Dr. Goddio antiquário subaquático francês



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Assunto: [Novo artigo] A lenda de Atlântida e a cidade egípcia revelada dentro do Mar Mediterrâneo.