Nílton De Sordi (Piracicaba, 14 de fevereiro de 1931 – Bandeirantes, 24 de agosto de 2013) foi um futebolista brasileiro.
Começou no XV de Piracicaba, em 1949, e, em 1 de janeiro de 1952, foi contratado pelo São Paulo, clube que defenderia por 536 partidas até 16 de julho de 1965. Foi campeão paulista em 1953 e 1957, mas, curiosamente, não marcou gol algum com a camisa são-paulina. Porém, mesmo com este curioso fato, é um dos maiores ídolos do São Paulo Futebol Clube.
Convocado para a Seleção Brasileira pela primeira vez no ano de 1954, foi integrante da equipe que conquistou a Copa do Mundo de 1958, da qual só não foi titular na partida final. Ele teria sido barrado da decisão pelo médico da equipe, Hílton Gosling, que supostamente percebeu no lateral direito um grande nervosismo. Ao todo, disputou 25 partidas pela Seleção, sem marcar gols.
Foi um bom marcador, com boa noção de cobertura, que pouco apoiava o ataque. Apesar da baixa estatura, cabeceava freqüentemente e, por isso, chegou a jogar de zagueiro-central no São Paulo e também na Seleção Brasileira.
Depois de aposentado, treinou já em 1966 o União Bandeirante no Campeonato Paranaense, time que voltaria a treinar outras vezes, a última em 1977.
Faleceu em 24 de agosto de 2013, aos 82 anos de idade, vítima de falência múltipla dos órgãos.
De Sordi… campeão mundial sim senhor
Nilton de Sordi nasceu na cidade de Piracicaba (SP), em 14 de fevereiro de 1931. Ainda garoto, jogava pelo infantil do Santa Cruz de Piracicaba e pouco depois começou sua carreira profissional no XV de Piracicaba em 1948.
Atuava inicialmente como zagueiro e eventualmente em algumas partidas pela lateral direita. Apesar de não ser um jogador com estatura muito elevada, De Sordi desenvolveu excelente impulsão e cabeceava muito bem. Tinha como ponto forte a marcação e naquela época pouco subia ao ataque.
Atuou pelo XV de Piracicaba durante as temporadas de 1949, 1950, 1951 e ainda durante os primeiros meses de 1952 antes de chegar ao São Paulo F.C, onde estreou em 30 de março de 1952, em partida contra sua antiga equipe.
Com a camisa do tricolor, De Sordi foi deslocado definitivamente para a lateral direita. Campeão paulista de 1953, formou um sistema defensivo sólido ao lado de Alfredo Ramos, Pé-de-Valsa, Poy, Mauro Ramos de Oliveira e Bauer.
O lateral também era nome certo nas convocações do selecionado paulista que na época disputava o habitual torneio interestadual, sagrando-se campeão nas edições de 1952 e 1956.
De Sordi sempre admitiu que era um lateral durão, mas nunca foi desleal com ninguém, conforme trecho publicado na revista Placar em 12 de agosto de 1977:
… Nunca fui bandido e ninguém pode dizer que eu era desleal. Eu era durão sim, mas só entrava no corpo pra assustar mesmo… Quando pegava um pontinha metido a besta, querendo fazer o nome e me desmoralizar junto à torcida, ai sim eu abria a caixa de ferramentas logo na primeira e entrava firme. O cara recuava logo para ajudar no meio de campo e não aparecia mais por lá…
Em 1957, De Sordi foi novamente campeão paulista ao lado de craques como Maurinho, Zizinho e Canhoteiro.
Com a camisa do tricolor foram 13 anos e 536 partidas disputadas, o que o faz um dos campeões em longevidade no clube entre os anos de 1952 e 1965. Segundo o “Almanaque do São Paulo”, de Alexandre da Costa, foram 289 vitórias, 131 empates e 116 derrotas.
De Sordi começou a ser convocado para a seleção brasileira em 1954 e no ano de 1956 já era o titular absoluto da posição no Sul Americano de Montevidéu e na excursão à Europa. No ano seguinte, contudo, Oswaldo Brandão não o relacionou para a disputa das eliminatórias da copa de 1958.
Com a queda de Oswaldo Brandão e as chegadas de Paulo Machado de Carvalho e Vicente Feola, De Sordi voltou à seleção e viajou para a disputa do mundial da Suécia.
Durante a campanha da seleção na copa, De Sordi atuou em todas as partidas. Poucos dias antes da grande final, acabou sentindo um problema no joelho, que já o havia incomodado na partida contra a França. Foi acompanhado de perto pelo Dr. Hilton Gosling, que iniciou um processo de tratamento.
No dia da partida contra a Suécia, durante os testes finais, De Sordi sentiu que não estava bem e assim preferiu não arriscar.
Além de não participar do encontro final e não fazer parte da foto oficial do título, na qual aparece Djalma Santos, seu substituto, De Sordi ainda teve que conviver com a acusação de que ele não entrou em campo porque teria sentido o peso de decisão.
O desfalque na final acabou marcando sua carreira:
- Quem me conhecia, sabia que eu não era assim. Nunca tremi, estava acostumado a jogar finais de campeonato. Fiquei com a consciência tranqüila.
Pela seleção brasileira foram 25 jogos, com 17 vitórias, sete empates e apenas uma derrota, em um amistoso contra a Itália, em 1956. De Sordi ainda participou da disputa da Taça Oswaldo Cruz e só não foi ao Sul-Americano de 1959 porque havia rompido os ligamentos do tornozelo.
O ex-lateral jogou também no União Bandeirante (PR). Desencantado com o esporte, deixou o futebol profissional em 1966. No mesmo ano, foi chamado para ser técnico da equipe paranaense.
Aposentou-se definitivamente de sua ligação com o futebol para cuidar da família e de sua fazenda no Paraná. Posteriormente, passou a morar em João Pessoa (PB).
Nílton De Sordi, sofria do Mal de Parkinson e faleceu em 24 de agosto de 2013, aos 82 anos, em Bandeirantes, no interior do Paraná, em decorrência de falência múltipla dos órgãos.
Créditos de imagens e informações para a criação do texto: revista Placar, revista do Esporte, revista Esporte Ilustrado, revista Manchete Esportiva, revista O Cruzeiro – encarte ídolos do futebol brasileiro, revista A Gazeta Esportiva Ilustrada, esporte.uol.com.br, site do Milton Neves, Arquivo Público do Estado de São Paulo. Memória Pública – Jornal Última Hora, saopaulofc.com.br, gazetaesportiva.net, blog.maismemoria.net, saopaulodigital.com.br, globoesporte.globo.com, topicos.estadao.com.br.
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