10 agosto, 2013

O túmulo da família de Mona Lisa foi aberto

-- 


A cripta dos familiares da presumível modelo de Mona Lisa, o famoso e enigmático quadro de Leonardo Da Vinci, foi aberta nesta sexta-feira em Florença para testes de ADN. O objectivo é provar que o esqueleto encontrado em Março em Florença pertence a Lisa Gherardini, a nobre do século XVI que os estudiosos tendem a assumir como a Gioconda.
O túmulo em questão chama-se Os Mártires e está na igreja da Santíssima Anunciação, no mosteiro de Santa Úrsula, em Florença, cidade da família de Francesco di Bartolomeo del Giocondo, marido de Lisa Gherardini. Neste túmulo, além do marido, estão sepultados também os dois filhos. Quanto ao corpo da presumível Mona Lisa, não há certeza de onde estará, mas Silvano Vincenti, antropólogo responsável pela investigação, acredita que poderá ser um dos oito esqueletos encontrados em Março no mesmo mosteiro.
“Os restos foram submetidos ao teste de carbono 14 para vislumbrar o período histórico a que pertencem, a um exame histológico para verificar a idade dos corpos, a um teste de metais pesados para individualizar a possível presença de doenças e a testes de ADN”, disse Silvano Vicenti, acrescentando que as conclusões deste teste apontam para que um desses esqueletos possa pertencer a Lisa Gherardini.
Agora falta comparar os resultados dos testes de ADN dos esqueletos recolhidos hoje com os resultados dos restos mortais da possível Gioconda. Segundo a Lusa, é o teste que põe fim a dois anos de investigações da Comissão Nacional para a Valorização dos Bens Históricos para encontrar os restos mortais desta nobre florentina.
Não é, porém, certo que tenha sido encontrado o seu esqueleto, assim como não é certo que Lisa Gherardini seja a modelo deMona Lisa. Em 2011, o mesmo antropólogo que chefia esta investigação, Silvano Vicenti, levantou a hipótese de o modelo deGioconda ter sido um homem: Gian Giacomo Caprotti, conhecido como Salai. Esta tese baseava-se nas semelhanças entre os traços faciais de Gioconda e os de outras representações de Da Vinci em que Salai tinha sido modelo. O museu francês Louvre, onde se encontra o quadro, descartou tal hipótese.
Enquanto procura saber onde está afinal a Mona Lisa, Silvano Vicenti está também empenhado em levar o quadro de Leonardo Da Vinci para Itália. A Comissão para a Valorização dos Bens Culturais, a que preside, escreveu à ministra da cultura francesa, Aurelie Filipetti, juntando 150 mil assinaturas de italianos que querem que o quadro seja emprestado ao seu país.
A intenção é comemorar os 100 anos da recuperação da pintura em Florença, em 1913, depois de ter sido roubada dois anos antes por um funcionário do Louvre.
Já em 2011, a mesma comissão se tinha dirigido ao então ministro da cultura francês, Fredéric Mitterrand, e ao director do Louvre, Henri Loirette, com o mesmo pedido, que foi negado.
O quadro Mona Lisa foi adquirido na primeira metade do século XVI pelo rei Francisco I de França e é, desde então, propriedade do Estado francês. com Lusa

Itália luta para conseguir 'Mona Lisa' emprestada com a França

A Itália pediu que a França lhe empreste durante algumas semanas a obra do gênio italiano Leonardo da Vinci, “A Gioconda”, exposta no Museu do Louvre de Paris, para comemorar o centenário da descoberta da pintura em Florença, em 1913, após ela ter sido roubada dois anos antes.
Desde 2011 a Itália se mobiliza sem sucesso para obter o empréstimo da "Mona Lisa", colhendo assinaturas e enviando cartas ao Ministro da Cultura francês e ao diretor do Louvre.
O Comitê para a Valorização dos Bens Culturais da Itália, que realiza estudos sobre o quadro, escreveu agora pela segunda vez ao governo francês para sensibilizá-lo sobre o empréstimo.
"Reiteramos que já é hora de trazer de volta a Mona Lisa à Itália, ao menos por um mês. Como italiano, me sinto no dever de instar as autoridades francesas para uma reunião para explicar as razões de uma empréstimo que também serviria de reparação aos roubos de obras de arte por parte de Napoleão”, disse o presidente do Comité, Silvano Vinceti.
"A Gioconda", o retrato mais famoso da história e talvez o quadro mais conhecido da pintura ocidental, foi adquirido pelo rei Francisco I da França no início do século 16 e desde então é propriedade do Estado francês.
O quadro foi roubado do Louvre em 1911 e só apareceu novamente em 1913, em Florença, sua terra natal, 400 anos depois de ser pintada e sem que muitas incógnitas sobre seu desaparecimento tenham sido desvendadas.