26 agosto, 2013

Inezita Barroso - A MODA DA PINGA - RONDA - 03.08.1953-03.08.2013 - 60 anos de gravação por Luciano Hortencio


Inezita Barroso - A MODA DA PINGA - RONDA - 03.08.1953-03.08.2013 - 60 anos de gravação



Não ousarei discorrer sobre a biografia ou trajetória artística de INEZITA BARROSO. A própria artista, do alto de seus oitenta e oito anos bem vividos e através de seu Programa VIOLA MNIHA VIOLA, encarrega-se disso, além dos inúmeros biógrafos e comentaristas que se ocuparam e ocupam da excelente cantora, instrumentista, folclorista, arranjadora, apresentadora  e compositora.
O intuito dessa postagem é prestar homenagem à célebre INEZITA BARROSO, nascida Ignez Magdalena Aranha de Lima, apresentando para isso dois de seus maiores sucessos, gravados em 03 de agosto de 1953 e que completaram no dia seis próximo passado 60 ANOS DE ABSOLUTO SUCESSO.
                                                             Inezita Barroso
Estamos falando, obviamente de A MODA DA PINGA, de Ochelcis Aguiar Laureano e Raul Torres, gravação RCA Victor de 03 de agosto de 1953, lançada em novembro do mesmo ano (Nº 80-1217-a, matriz BE3VB-0223, lado A. O lado B nos apresenta, nada mais nada menos do que RONDA do excelente Paulo Vanzoini. Assistamos aos sucessos acima referidos:
MODA DE VIOLA (Marvada Pinga)
Com a marvada pinga
É que eu me atrapaio
Eu entro na venda e já dou meu taio
Pego no copo e dali nun saio
Ali memo eu bebo
Ali memo eu caio
Só pra carregar é que eu dô trabaio
Oi lá
Venho da cidade e já venho cantando
Trago um garrafão que venho chupando
Venho pros caminho, venho trupicando, xifrando os barranco, venho cambetiando
E no lugar que eu caio já fico roncando
Oi lá
O marido me disse, ele me falo: "largue de bebê, peço por favô"
Prosa de homem nunca dei valô
Bebo com o sor quente pra esfriar o calô
E bebo de noite é prá fazê suadô
Oi lá
Cada vez que eu caio, caio deferente
Meaço pá trás e caio pá frente, caio devagar, caio de repente, vô de corrupio, vô deretamente
Mas sendo de pinga, eu caio contente
Oi lá
Pego o garrafão e já balanceio que é pá mor de vê se tá mesmo cheio
Não bebo de vez porque acho feio
No primeiro gorpe chego inté no meio
No segundo trago é que eu desvazeio
Oi lá
Eu bebo da pinga porque gosto dela
Eu bebo da branca, bebo da amarela
Bebo nos copo, bebo na tijela
E bebo temperada com cravo e canela
Seja quarqué tempo, vai pinga na guela
Oi lá
Ê marvada pinga!
Eu fui numa festa no Rio Tietê
Eu lá fui chegando no amanhecê
Já me dero pinga pra mim bebê
Já me dero pinga pra mim bebê e tava sem fervê
Eu bebi demais e fiquei mamada
Eu cai no chão e fiquei deitada
Ai eu fui prá casa de braço dado
Ai de braço dado, ai com dois sordado
Ai muito obrigado!
RONDA - Paulo Vanzolini
De noite eu rondo a cidade
A te procurar sem encontrar
No meio de olhares espio em todos os bares
Voce nao esta
Volto pra casa abatida
Desencantada da vida
O sonho alegria me da
Nele voce nao esta
Ah, se eu tivesse quem bem me quisesse
Esse alguem me diria
Desiste, esta busca e inutil
Eu nao desistia
Porem, com perfeita paciencia
Volto a te buscar
Hei de encontrar
Bebendo com outras mulheres
Rolando um dadinho
Jogando bilhar
E neste dia entao
Vai dar na primeira edicao
Cena de sangue num bar
Da avenida Sao Joao
Fonte: 
De: Mensagens de blog de todos - Portal Luis Nassif ()

--