13 agosto, 2013

Garoto de dois anos é brutalmente agredido por HOMOFOBIA.

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Até que ponto o preconceito e/ou o autoconhecimento pode transformar em violência as atitudes humanas? Onde fica o direito de livre expressão? Será que as pessoas terão de privar-se de sua individualidade apenas pelo fato de não seguirem os padrões impostos por uma maioria dessa sociedade conservadora? E a construção identitária, será que deixará de ser individual para tornar-se coletiva?
 Depois de ter seu filho Dexter de dois anos covardemente agredido física e verbalmente em uma rede Walmart – tudo isso pelo fato de o garotinho gostar da cor rosa e estar usando uma presilha no cabelo –, a blogueira Katie Vyktoriah Reed dedica em seu blog uma postagem especial falando sobre sua indignação de ver seu filho como alvo de chacotas e homofobia por um senhor bêbado e cheirando a cigarro; mas isso não foi tudo: além dos ataques preconceituosos sofridos por Dexter, o que mais deixou sua mãe indignada foi o episódio em si, uma vez que o supermercado estava lotado e ninguém fez nada para ajudar uma mãe com dois garotos, um de dois anos e outro de cinco meses.
 Katie Vyktoriah Reed sentiu a necessidade de apresentar seu filho ao mundo dizendo o quanto ele é fofo e adorável e o quão fantástico ele é como um irmão mais velho. Mas, infelizmente, nem todos enxergam as pessoas com os olhos da simplicidade e da tolerância e respeito, já que esse senhor foi intolerante, repugnante e preconceituoso, sem mencionar que o garoto tem apenas dois anos de idade, algo impossível de definir sua orientação sexual. Esse adulto se achou no direito de julgar uma criança apenas pelo fato dessa não estar adequada aos padrões ideológicos e machistas dos quais um garoto deve-se vestir ou que tipo de acessórios ele pode usar, isso só demonstra o quanto esse adulto é machista, repugnante, homofóbico e uma pessoa completamente intolerante, que não respeita os direitos individuais de cada um.
Partindo dos pressupostos de Stuart Hall, a construção identitária tem várias concepções de sujeito, construídas e assumidas ao longo do processo histórico que determina as identidades cultural e globalizada – e que estão intrinsecamente ligadas, tornando-se difícil abordar uma sem que a outra não seja mencionada. Dessa forma, como nos apresentar para o mundo? Devemos nos esconder? Ou nos mostrar e transformar a realidade? Mas isso não é fácil porque, a partir do momento que somos nós mesmos, corremos perigos; a individualidade talvez nunca fosse tão ameaçada de ser extinta. Assim, no mundo, as pessoas vivem uma crise identitária na pós-modernidade e, até então, não sabem como solucionar esse problema tão visível.
Depois desse acontecimento, o que nos resta é refletir sobre nossas atitudes diante do desconhecido, nossos valores morais e preconceitos que vêm com nosso autoconhecimento. A história de Dexter nos leva a perceber o quão necessário é o respeito pela individualidade, nos levando, assim, a compreender o direito de cada sujeito e respeitar a construção da personalidade do ser individual.


Fonte: Literatortura


De: Rede Esgoto de Televisão < noreply@blogger.com >

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