15 agosto, 2013

Galeria Paralelo exibe Negro Amor, de Sérgio Guerra, com curadoria de Emanuel Araujo


A Paralelo expõe Negro Amor, do fotógrafo, publicitário e produtor cultural Sérgio Guerra, curadoria de Emanuel Araujo, com cerca de 30 trabalhos que reproduzem a relação criada pelo artista com povos da Angola.

Em sua série, Sérgio Guerra retrata minuciosamente o que encontrou durante as expedições ao país africano, imprimindo toda a paixão que sente pela cultura local – fruto dos tempos em que vem ocupando cargo à frente da comunicação do governo angolano, há mais de 15 anos. Mais especificamente, o fotógrafo infiltra-se em meio aos Hereros - grupo étnico mais antigo do continente -, e realiza registros materiais sobre este povo, sua tradição e rituais.

O primeiro contato de Guerra com os Hereros acontece em 1999, quando viaja pelas províncias de Huíla e Namibe para gravar o programa televisivo angolano Nação Coragem. Sobre este contato inicial, o artista recorda: “Quando os vi pela primeira vez, foi como se uma porta da minha percepção tivesse sido aberta para algo que sabia existir, mas hesitava em acreditar”.

Guerra passa, então, a viver dentro das comunidades Hereros, por uma temporada, e constata a alma dessa etnia, observando suas práticas cotidianas. “Vi que mesmo diante da escassez, dividem sempre o alimento com os demais. Eles cultivam a solidariedade, evitam o egocentrismo e praticam uma economia familiar de grande inteligência, sempre voltados para a ampliação de um patrimônio cujo usufruto é sempre coletivo. Vi que honram e festejam os seus antepassados e que praticam com grande eficácia a justiça, coibindo infrações com pesadas multas que, além do prejuízo econômico, também representam uma reprimenda moral”.

Acerca do trabalho, Emanuel Araujo, diretor do Museu Afro Brasil e curador da mostra, destaca: “Há um aspecto importante nessa série fotográfica, a naturalidade entre o fotógrafo e os fotografados, uma cumplicidade comovente fala mais alto, mais solene, mais humano à procura da beleza, razão de qualquer existência. Sérgio Guerra sabe da grande importância dessas suas fotografias porque ele é profundo conhecedor do seu ofício, da luz natural de cada um dos belos rostos, de olhar iluminado, de gestos sutis e de uma delicadeza amorosa e afetuosa”.


SERVIÇO
Exposição                 Sérgio Guerra – Negro Amor
Curadoria                  Emanuel Araujo
Coordenação                       Andrea Rehder e Flávia Marujo
Abertura                    20 de Agosto de 2013, terça-feira, às 19h
Período                       de 21 de Agosto a 21 de Setembro de 2013
Local                          Paralelo – www.paralelogaleria.com
Rua Artur de Azevedo, 986, Pinheiros – São Paulo, SP
Tel: (11) 2495-6876
Horário                        segunda a sexta das 10h às 20h, sábado das 11h às 16h
Nº de obras                 30
Técnica                      fotografia
Dimensões                 52x80cm / 60x40cm / 60x60cm
Preço                          de R$4.600,00 a R$8.200,00

Ass. Imprensa           - Balady Comunicação – Silvia Balady/Zeca Florentino
Tel.: (11) 3814.3382 – contato@balady.com.br


O artista

Fotógrafo, publicitário e produtor cultural, Sérgio Guerra nasceu em Recife, morou em São Paulo e no Rio de Janeiro, até se fixar na Bahia nos anos 80. A partir de 1998, passou a viver entre Salvador, Rio de janeiro e Luanda, onde desenvolve um programa de comunicação para o Governo de Angola. Em suas constantes viagens pelo país, testemunha momentos decisivos da luta pela paz e reconstrução, constituindo um dos mais completos registros fotográficos das 18 províncias angolanas. Seu acervo fotográfico propiciou a publicação dos livros 'Álbum de família', 2000, 'Duas ou três coisas que vi em Angola', 2001, 'Nação coragem', 2003, 'Parangolá', 2004, 'Lá e Cá', 2006, 'Salvador Negroamor', 2007, ‘Hereros-Angola’, 2010, além da montagem de diversas exposições em várias cidades do Brasil, em Zimbabwe, Luanda, Lisboa e em Madrid.


A galeria

A galeria Paralelo foi criada por Andrea Rehder e Flávia Marujo, com foco na criação contemporânea em suas últimas manifestações.  Tem como objetivo a produção, exibição, promoção e comercialização da obra de seus artistas, destacando tanto a constância artística dos mais renomados quanto a ousadia e frescor dos mais jovens. Está também implicada em construir uma ponte entre o Brasil, Europa e América Latina em busca de troca de experiências na diversidade das expressões plásticas.

Fote O Pitoresco

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