25 agosto, 2013

Esta escultura é uma homenagem ao grande brasileiro Ayrton Senna - TAS


Sulinha Imprensa Livre - Que tristeza!!! Aonde vai parar esse país que joga seu passado no lixo?
O presente está pobre demais... sem futuro....



Esta escultura (múltiplo) é uma homenagem ao grande brasileiro Ayrton Senna, criada pela artista plástica carioca Melinda Garcia. Ela ganhou o concurso que a Prefeitura de São Paulo fez para escolher uma obra de arte que foi instalada sobre a entrada do túnel que passa por baixo do Parque Ibirapuera que liga a Av. 23 de Maio à Av. Juscelino Kubtischek e que recebeu o nome de complexo viário Ayrton Senna.

Infelizmente a peça original esta danificada, faltando a bandeira simbolo das vitórias do piloto, que foi roubada a alguns anos e não foi reposta.

A peça da foto foi adquirida na galeria de arte Skultura que fez uma justa homenagem ao nosso "Ayrton Senna do Brasil" disponibilizando aos fãs do piloto e amantes das artes esta recordação.








Ayrton Senna para os nascidos após 94:



Falar em Ayrton Senna com qualquer pessoa que viveu a época dele é um direcionamento quase automático ao fatídico 1º de maio de 94. Todos sabem o que faziam naquele feriado, todos sabem como foi compartilhar o silêncio com os repórteres do mundo inteiro que aguardavam ansiosos por notícias do Hospital Maggiore, em Bolonha. Eu não sei. Mal eram casados meus pais quando o Brasil literalmente parou. Não sei o que foi acordar cedo todo domingo de corrida para comemorar com Senna no pódio e assistir boquiaberto às memoráveis corridas. Mesmo quem nunca entendeu de F1, naquele momento, eram todos especialistas. Não sei o que é ter um herói nacional, alguém que resguardava as esperanças de todo um povo, além das próprias, claro. Não experimentei a “década perdida” dos anos 80, nem a inflação galopante que fazia das conquistas de Ayrton uma das poucas alegrias desse Brasil, que eu ingenuamente adoro. Também não sei como a imagem dele veio ser tão significativa para alguém como eu, nascida dois anos depois de 94. Digo imagem, porque é o que cheguei mais próximo de construir. Para alcança-la de maneira mais concreta, o que mais a construiu de forma efetiva e principalmente afetiva foram os depoimentos. Andava com a biografia de Senna debaixo do braço. Um dia encontrei uma senhora dentro de um ônibus que reparou na foto do rosto dele na capa do livro. Ela logo perguntou se eu me importava de deixa-la pegar o livro. Deixei e ela passou a contemplar aquilo de uma maneira tão intensa que me emocionou. “Esse mocinho era um agrado de Deus pra gente”, ela disse a me ver chorando. “Eu gostava mesmo era da bandeirinha dele no carro. Aquilo me dava um orgulho besta, sabe? Parecia que a gente era alguma coisa no mundo...”. Aí é que chorava mais. De repente, todo o grupinho de pessoas que estava amontoado no fundo daquele ônibus lotado se comoveu com meu choro e queriam saber o que estava acontecendo. “Nada de mais”, eu disse, “eu me emociono fácil mesmo”. Uma outra mulher, que tinha ouvido a primeira falar, disse assim: “eu já chorei muito por causa desse aí. Mas não só na morte dele, não! Toda vez que ele comemorava no pódio. Ele tinha um sorriso de moleque, eu achava muito bonito...”. Agora era a vez de um homem sentado na minha frente: “Ah, o que eu achava o máximo nele eram as poles positions! Eram mais fantásticas que a corrida, ele ia com tanta garra que inspirava a gente do outro lado da TV”. Uma outra voz de alguém que eu mal via o rosto: “E quando ele venceu aquela corrida em 89? A maioria das pessoas só lembra dele ter sido desclassificado, mas eu acho que aquela foi a melhor corrida da carreira dele. O cara era bom demais, quebrou a asa, ficou por último e conseguiu vencer!”. Em poucos segundos, estávamos todos falando de Ayrton por ali. Por maiores que fossem meus conhecimentos sobre F1, eu sentia que nunca saberia tanto quanto eles sobre Senna. O Ayrton é uma espécie de empatia entre os brasileiros. Basta eu sair na rua com uma camiseta com o nome dele que qualquer uma que a leia sorrie pra mim, como se fossemos grandes amigos apenas por compartilhar a admiração pelo campeão. O que eu vejo hoje é um Brasil muito diferente do que o vivido pela geração passada. Um país com enormes perspectivas econômicas, um alto respeito mundial... Mas aquele orgulho nacional que todo mundo imaginava que viria com esse sucesso simplesmente não existe. Falta alguma coisa. Falta muita coisa. Falta Ayrton Senna, claro. Mas acredito que o mais falte seja a inquietação, o desejo de estar sempre crescendo em todos os aspectos, o repúdio pela estagnação, a beleza da humildade e, principalmente, o amor pelo o que faz; tudo aquilo que nos era ensinado pelo grande e eterno educador que nos foi Ayrton Senna da Silva. E isso eu posso ver e sei o que é. Obrigada, campeão. É o mínimo que posso dizer. Obrigado por sua passagem por aqui; onde quer que você esteja, um imenso obrigado desse povo que tanto aprendeu com você e continua aprendendo depois de 94.

















"No matter what you are, or what you want in life, daring to be different than reflected in his personality, his character, what you are. And that's how people remember you one day."

_____________________________________




"Non importa cosa tu sia, chi tu sia o cosa vuoi nella vita, la tua audacia in essere diverso riflette nella tua personalità, nel tuo carattere, in quello che tu sei. Ed è così che le persone si ricorderano di te un giorno."

_____________________________________


"Peu importe ce que vous êtes, qui vous êtes, ce que vous voulez dans la vie, oser être différent se reflète dans votre personnalité, dans votre caractère, dans ce que vous êtes. Et c'est ainsi que, plus tard, on se souviendra de vous." By Francine Godefroid

-Ayrton Senna-