26 agosto, 2013

Casa Civil informa afastamento de assessor investigado no Paraná e Ex-assessor especial da Casa Civil é considerado foragido pela polícia

Ex-prefeito de Realeza, no Sudoeste, Eduardo André Gaievski pediu afastamento do cargo de assessor especial da Casa Civil; o petista diz que é vítima de armação política dos adversários na região, que o temem disputando uma cadeira na Assembleia Legislativa do Paraná.
Ex-prefeito de Realeza, no Sudoeste, Eduardo André Gaievski pediu afastamento do cargo de assessor especial da Casa Civil; o petista diz que é vítima de armação política dos adversários na região, que o temem disputando uma cadeira na Assembleia Legislativa do Paraná.
Em nota oficial, neste sábado (24), a Casa Civil da Presidência da República informou que o assessor especial Eduardo André Gaievski, ex-prefeito de Realeza, no Sudoeste do Paraná, pediu afastamento do cargo “até que sejam apuradas as circunstâncias e veracidade das acusações”.
Segundo denúncia publicada pela revista Veja, Gaievski é investigado por estupro de vulneráveis. Um inquérito que tramita em segredo no fórum da cidade reuniu depoimentos de supostas vítimas.
O agora ex-assessor da Casa Civil jura inocência e diz que vai provar que tudo não passa de armação de seus adversários políticos na região que o temem disputando uma cadeira à Assembleia Legislativa.
A seguir, a íntegra da nota oficial da Casa Civil:
NOTA
A Casa Civil da Presidência da República informa que, em vista de denúncia contra o servidor Eduardo Gaievski, o mesmo pediu afastamento imediato de suas funções até que sejam apuradas as circunstâncias e veracidade das acusações.
Brasília, 24 de agosto de 2013


Ex-assessor especial da Casa Civil é considerado foragido pela polícia

Eduardo André Gaievski pediu afastamento do cargo no sábado (24).
Ex-prefeito de Realeza (PR) é investigado por estupro de vulnerável.


Gaievski foi prefeito de Realeza entre 2005 e 2012 (Foto: Divulgação)
Eduardo Gaievski foi prefeito de Realeza (PR) entre 2005 e
2012; atualmente mora em Brasília (Foto: Divulgação)
O ex-prefeito de Realeza, no sudoeste do Paraná, Eduardo André Gaievski é considerado foragido pela polícia. Na sexta-feira (23), a Justiça expediu um mandado de prisão preventiva contra o petista que é investigado por estupro de vulnerável enquanto ainda era prefeito. Por meio de nota, a Casa Civil, onde desde janeiro atuava como assessor, informou que ele pediu afastamento do cargo até que as denúncias sejam apuradas. O processo corre em segredo de justiça no Fórum de Realeza.
Segundo o advogado que representa a família de três das supostas vítimas, Natalício Farias, Gaievski teve a ajuda de mulheres mais velhas para levar meninas de 13 e 14 anos a motéis e que os favores sexuais eram retribuídos com dinheiro e cargos na prefeitura. Ele acredita que com as denúncias se tornando públicas, outras vítimas possam aparecer.
As investigações foram deflagradas pelo Ministério Público de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, há ao menos três anos. Investigadores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) confirmaram que estiveram em Realeza neste período para ouvir testemunhas e possíveis vítimas.
O delegado da Polícia Civil em Realeza, Valderez Luiz Scalco, disse ter sido comunicado do mandado de prisão expedido pela Justiça no fim da tarde de sexta-feira e que desde então vêm sendo feitas diligências com o objetivo de localizar e prender Gaievski. “Ele já tomou conhecimento do mandado de prisão expedido, tanto que pediu afastamento do cargo na Casa Civil, mas ainda não há qualquer indicativo de que ele se apresente à Justiça. Foi procurado em todos os lugares possíveis e não foi encontrado.”
Ao G1, o advogado de defesa do ex-prefeito, Rafael Antônio Seben, disse que ainda não teve acesso ao processo, o que só deve fazer depois das 12h quando o Fórum de Realeza abre para o atendimento ao público. “Além do vazamento de informações, causa estranheza também o fato de a polícia considerar o réu como foragido. Ele não foi procurado em casa, onde mora em Brasília.”
O petista foi prefeito de Realeza, município com cerca de 16 mil habitantes por dois mandatos, entre 2005 e 2012. Em janeiro foi convidado pela ministra Gleisi Hoffmann para, entre suas atribuições, acompanhar a implementação de programas federais como o Mais Médicos, os de prevenção e combate ao uso do crack e construção de creches.

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