24 julho, 2013

Inferno livro do Dan Brown

Não Resisti e tive que ler o novo livro do Dan Brown sobre mais uma aventura do Robert Longdon, para uma leitora curiosa é praticamente impossível não querer saber mais sobre um personagem já conhecido mesmo que a história em questão não seja continuação das anteriores. Este é o quarto livro protagonizado pelo famoso professor de simbologia de Havard que, por causa do seu conhecimento sobre símbolos, sempre vive emocionantes aventuras.

Inferno tem como pano de fundo a literatura italiana do século XIV, mais especificamente emInferno a primeira parte da obra A Divina Comédiade Dante Alighieri, de onde a parte histórica que inspira o autor. Mesclado a isso está o avanço da engenharia genética e algumas teorias transhumanista principalmente uma que se refere ao exponencial aumento populacional do planeta, junta-se a isso a cidade de Florença como cenário inicial com todos as suas construções históricas e obras de arte, posteriormente os personagens vão à Veneza e Istambul, lugares que “possuem” muitos símbolos a serem desvendados pelo protagonista.


De repente Robert Longdon acorda em um hospital em Florença sem saber como foi parar lá e sem lembrança alguma dos dias anteriores por causa de um tiro levado na cabeça, e a pessoa que supostamente tentou lhe matar continua a atentar contra a sua vida até mesmo no hospital, então ele foge com a ajuda da Dra. Siena Brooks e juntos tentam descobrir o que está acontecendo e como Robert foi parar lá. O professor encontra um estranho objeto no seu bolso que projeta um mapa que representa o inferno descrito por Dante em A Divina Comédia mas que teve alterações se comparado com a pintura original, essas alterações levam os dois a algumas pistas que eles seguem com o objetivo de saber como e porque Robert foi pra Florença e fazem isso fugindo de seus perseguidores.

Quem já leu algum livro do Dan Brown sabe bem como é, Langdon desvenda algum código/símbolo que leva a outro e depois a mais um e por aí vai, dessa forma eles acabam descobrindo que um famoso geneticista adepto de teorias transhumanista escondeu em algum lugar algum tipo de vírus ou bactéria que, segundo suspeitas, espalharia pelo mundo uma nova versão da peste negra visando reduzir a população mundial para escapar de um futuro caos previsto pelo crescimento demográfico mundial. As pistas que ele deixa estão todas relacionadas com o épico poema italiano e com as famosas obras de arte inspiradas nele. A Organização Mundial de Saúde também está envolvida nessa história, assim como um consórcio que ajudou o geneticista a se manter oculto para que pudesse executar o seu plano.

Comparando com os livros anteriores do autor, a primeira diferença que notei é que os capítulos não possuem junto ao título o horário e local em que os fatos descritos nele aconteceram, porem continuam sendo capítulos curtos e que se intercalam em vários pontos de vista dos diferentes personagens envolvidos. A impressão que tive é que o autor tentou fugir de um estilo de escrita já característico mas ainda manteve elementos que o identificam como a velocidade da narrativa, a inserção da História, Ciência e Arte (a religião ficou de fora dessa vez), aquela coisa que prende o leitor apesar de não ter me prendido tanto neste livro, e sem falar no Robert Langdon que protagoniza o quarto livro!

A partir daqui farei “spoilers”!

No decorrer da leitura a história vai se tornando previsível, surpreende em algumas partes mas ainda assim o que achamos que vai acontecer acontece mesmo, mas esse é o primeiro livro em que o professor Longdon não consegue “salvar o mundo” e fracassa na sua aventura, mas no final das contas o vilão (que deixa tudo armado mas morre antes da história do livro começar) nem era tão mal assim, pois o vírus que ele criou não causa a morte de ninguém como todos imaginavam, mas deixa aleatoriamente, cerca de um terço da população mundial estéril contendo assim de forma não imediata o crescimento da população mundial mas resolvendo esse “problema” em um prazo não muito longo. Engraçado que depois de aceitarem que o vírus não tem mais como ser contido e descobrirem como ele afeta o ser humano até mesmo a OMS reconhece que essa é uma solução aceitável e de vilão o geneticista passa a ser visto como um salvador da humanidade.

Definitivamente esse final não tem muito a ver com os outros livros do autor, não é dessa forma que ele costuma concluir as suas histórias. Continuo a afirmar que gosto mais dos primeiros livros dele: Ponto de Impacto e Fortaleza Digital acho escrevendo ficção científica ele é mais surpreendente, Anjos e Demônios e Código DaVinci foram legais mais em O SímboloPerdido o personagem Robert Longdon já estava saturado e deve ser por isso que lendo Inferno eu já nem torcia mais por ele, se bem que pelo desfecho deste livro, o professor de simbologia nem precisaria estar na história já que o vilão não era vilão e o mundo não precisava ser salvo!


De: Pra quem gosta de ler <noreply@blogger.com>
Para: cidad3resistencia@ig.com.br 

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