04 julho, 2013

Ex-prefeito que prometeu 'choque de gestão' em Montes Claros está foragido da Justiça

O ex-prefeito de Montes Claros (MG) Luiz Tadeu Leite (PMDB) está com prisão decretada na Operação "Violência Invisível" da Polícia Federal, e é procurado em Miami, nos Estados Unidos, onde encontra-se na situação de foragido.
Tadeu venceu as eleições de 2008 e disse que adotaria o "choque de gestão" no município, seguindo os passos do ex-governador e atual senador Aécio Neves (PSDB). Na atual Operação "Violência Invisível", a prefeitura de Montes Claros deve cerca de R$ 15 milhões à Receita Federal por recolher e não repassar o imposto de renda dos servidores.
Para pagar R$ 10,5 milhões, a prefeitura de Montes Claros adquiriu com a empresa Digicorp Consultoria e Sistemas, do Espírito Santo, títulos de créditos de precatórios judiciais federais, pagando R$ 6 milhões. Parecia um bom negócio: quitar uma dívida por um valor menor.
Porém, os títulos eram falsificados. A Receita Federal não aceitou e os cofres públicos da prefeitura ficaram com os R$ 6 milhões de prejuízo (se a Receita Federal aceitasse os títulos falsos, o prejuízo seria do Tesouro Nacional, havendo crime do mesmo jeito). Pelo mandado de prisão do ex-prefeito, há evidências suficientemente fortes de que ele tenha participado do esquema.
Segundo a PF, a fraude é de aproximadamente R$ 72 milhões, somente nas cidades mineiras de Montes Claros, Pirapora, Janaúba, Capelinha e Caratinga. Os mandados foram cumpridos em Minas Gerais e Espírito Santo, mas segundo a PF, a organização criminosa agia em mais de 100 municípios, em 11 estados.
Em junho de 2012, a operação ‘Laranja com Pequi’ desvendou um esquema de corrupção que movimentou R$ 116 milhões a partir de fraudes em licitações para a compra de alimentos superfaturados e de má qualidade nos estados de Minas e Tocantins.
Segundo as investigações, o chefe da organização criminosa é o dono da empresa Stillus, o ex-presidente do Cruzeiro, Alvimar Perrella, irmão do senador Zezé Perrella (PDT-MG), que chegou ao Senado como suplente, em coligação com Aécio.
Nesta operação, na casa de Noélio Francisco de Oliveira, assessor e braço direito do então prefeito Luiz Tadeu, foram apreendidas planilhas indicando depósitos e pagamentos para custear despesas de condomínio de prédio, prestação de imóvel, boleto de televisão a cabo, faculdade e consórcio de carro de parentes do prefeito, inclusive de seu filho, o deputado estadual Tadeuzinho.
Tadeu também responde a processo por improbidade administrativa, movido pelo Ministério Público de Minas Gerais. Ele repassou R$ 330 mil dos cofres públicos da prefeitura para time de vôlei dirigido pelo filho dele, o atual deputado Tadeuzinho. O repasse, além de proibido pelo artigo 100 da Lei Orgânica Municipal, violou o princípio da moralidade e da impessoalidade.

De: Os Amigos do Presidente Lula <noreply@blogger.com>
Assunto: Os Amigos do Presidente Lula
Para: sulinha13@yahoo.com.br