18 julho, 2013

Estamos monitorando as redes sociais para prever manifestações, admite secretário de Segurança

Beltrame. Imagem: Daniel Ferrentini/Agência O Dia
José Mariano Beltrame, secretário de Segurança do Rio de Janeiro, falou, pela primeira vez, sobre críticas às ações policiais realizadas em 20 de junho, em resposta às manifestações populares.

Em uma hora de entrevista ao O Dia, Beltrame alegou estar satisfeito com a polícia, justificou que "não há como separar vândalo de manifestante" e defendeu a ação da tropa de choque na Lapa.


"A tropa foi posta em xeque diante destas situações, mas a verdade é que nunca se tinha enfrentado um movimento deste tamanho. Se formos ver como o Rio amanheceu, vamos ver que não controlamos tudo, mas não deixamos os vândalos transitarem pela cidade (em referência aos ocorridos em São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba e outras cidades). Todos nós estamos aprendendo, não se pode tapar o sol com a peneira. É novo para todo mundo", asseriu.

Questionado sobre o caráter intenso e generalizado da repressão, justificou: "Não há como separar o vândalo do manifestante. Não foram manifestações de cem pessoas. Muitas vezes você vê o vândalo, vai até lá e, quando encosta nele, aparecem 20, 30 pessoas. A Polícia Militar está entre a prevaricação e o abuso de autoridade. Tem que encontrar o meio termo".

Quanto ao monitoramento de redes sociais, admitiu: "A questão é que estas manifestações não são combinadas previamente, não se comunica à polícia horário, local e trajeto, como se faz normalmente. Vai-se pelas redes sociais e se marca. Nós acompanhamos o movimento pelas redes sociais com pequenas e grandes manifestações, para ver como o grupo se movimenta".

Com informações de O Dia.

Qual é a sua posição a respeito do monitoramento das redes sociais e sobre a atuação da polícia do Rio de Janeiro? Podem macular a liberdade dos movimentos e externar abusos e repressões ou fiscalizações ditatoriais por parte do Estado? Manifeste sua opinião e contribua para o diálogo democrático.

Lígia Ferreira.

De: Folha Política <noreply@blogger.com>
Assunto: Folha Política
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