14 junho, 2013

Em apoio a protestos, Grupo Anonymous derruba página da Secretaria de Transportes, PM e da PF



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Site da secretaria de transportes é derrubado por hackersReprodução
O Grupo Anonymous divulgou nesta quinta-feira (13), em sua página do Facebook, que derrubou o site da Secretaria Estadual de Transportes, Polícia Federal e Polícia Militar. O ato seria um apoio aos protestos contra o aumento do preço da passagem.

A quarta manifestação foi marcada por violência. O confronto entre a Polícia Militar e manifestantes começou por volta das 19h, na região da rua Maria Antônia. PMs jogaram bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo nos manifestantes, que revidaram tacando objetos. Além disso, os jovens colocaram fogo em lixo e picharam e depredaram ônibus.

O major Lídio da Polícia Militar declarou que o descumprimento do acordo feito com o Movimento Passe Livre gerou o confronto.
— O movimento não cumpre palavra. Então, o que foi acertado é que eles viriam até a praça Roosevelt para fazer a manifestação aqui. Como eles não cumpriram o acordo, nós estamos recuando nossa linha [de bloqueio] para que depois a própria imprensa registre que eles não estão cumprindo o acordo.


A declaração do major ocorreu minutos antes da polícia lançar bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral para dispersar o grupo de manifestantes. De acordo com a polícia, foi combinado que o grupo iria apenas até a praça Roosevelt e não seguiria pela rua da Consolação em sentido a avenida Paulista. Segundo a PM, como os manifestantes tentaram seguir em frente e não houve novo acordo com o grupo, ocorreu o lançamento das bombas. 
O número de pessoas levadas para averiguação durante o quarto protesto contra o aumento da tarifa do transporte em São Paulo chegou a 150. A informação foi passada pelo advogado do Movimento Passe Livre, Rodolfo Valente. Segundo ele, porém, parte deles já havia sido liberada por volta das 22h. Em relação ao número de manifestantes, o movimento calcula que 10 mil estiveram presentes no ato. Já a PM diz que 5.000 pessoas participaram do protesto.
Jornalistas detidos e feridos
Profissionais de imprensa ficaram feridos e alguns foram detidos durante a cobertura do protesto. A repórter da TV Folha Giuliana Vallone foi atingida no olho por uma bala de borracha. Ela estava na rua Augusta quando foi atingida. De acordo com a Folha de São Paulo, o repórter fotográfico Fábio Braga também foi atingido por dois disparos, sendo um no rosto e outro na virilha.
O repórter Piero Locatelli, da revista CartaCapital, e o fotógrafo do Terra Fernando Borges foram detidos nesta quinta-feira. Locatelli foi liberado após algumas horas e Borges passou 40 minutos detido junto com manifestantes. 
O secretário da Segurança Pública, Fernando Grella, determinou que a Corregedoria da Polícia Militar apure os episódios envolvendo fotógrafos e cinegrafistas durante a manifestação.
Metrô
Usuários do metrô relataram que diversas estações da Linha 2-Verde estavam fechadas por volta das 21h40 desta quinta-feira (13) por causa da manifestação contra o aumento das tarifas de ônibus em São Paulo. Segundo apuração do R7, apenas as estações Paraíso e Clínicas estavam abertas. 
Além disso, a estação Trianon-Masp possuía seguranças na entrada e há relatos de usuários que não conseguiram desembarcar na estação Consolação. 
Procurado pela reportagem, o Metrô informou que o funcionamento de todas as linhas era "normal".