20 junho, 2013

Copa de 2014 será a mais cara da história, diz Alexandre Guimarães, consultor do Senado

Consultoria Legislativa do Senado prevê R$ 63 bilhões em gastos do governo
A Copa do Mundo de 2014 no Brasil será a mais cara da história, com gastos da ordem de R$ 63 bilhões (cerca de US$ 40 bilhões), segundo levantamento da Consultoria Legislativa do Senado. Alexandre Guimarães, consultor do órgão, afirmou que o país, dono de vários recordes no futebol, também terá "a Copa mais cara".
Nesta conta estão incluídos R$ 33 bilhões anunciados pela presidente Dilma Rousseff para obras de infraestrutura da Copa - incluindo segurança e saúde - R$ 7 bilhões que devem ser gastos em estádios pelo setor público e os R$ 20 bilhões que o BNDES disponibilizará para financiamento do trem-bala entre Rio de Janeiro e São Paulo.
Somados, esses valores chegariam a R$ 60 bi (US$ 38 bilhões). O trem-bala, no entanto, não ficará pronto para a Copa do Mundo de 2014, e sua operação durante a Olimpíada de 2016 no Rio não é uma exigência colocada em edital para a empresa que vencer a licitação.
Mesmo assim, os valores a serem gastos pelo Brasil ainda ficariam bastante acima do que a África do Sul desembolsou para realizar o evento, até hoje o mais caro da história, entre estádios e obras de infraestrutura - cerca de R$ 14,5 bilhões.
Em entrevista exclusiva ao R7, o ex-jogador Romário, eleito deputado federal no ano passado (PSB) já havia comentado sobre o exacerbado valor que o país terá que dispor para o Mundial.
Nas contas do tetracampeão, o Brasil teria que gastar algo na casa dos R$ 100 bilhões para organizar a Copa do Mundo de 2014, valor dez vezes superior ao previsto por Ricardo Teixeira, presidente da CBF, em 2010.
Romário está bem pessimista com relação ao evento e chegou a dizer que "só Jesus Cristo" salva a Copa no Brasil.
O ministro Orlando Silva contestou o levantamento da Consultoria Legislativa do Senado e afirmou que o número de 40 bilhões de dólares apontado por Guimarães é "cabalístico" e sem "nenhum fundamento".
- A Copa do Mundo é um estímulo, é um catalisador, um mecanismo que faz com que o país antecipe investimentos que, mais cedo ou mais tarde, teria que fazer para melhorar as suas cidades.
Para ele, "não é justo colocar na conta da Copa" esses investimentos em áreas que não terão ligação direta com o evento.
- O que tem que se colocar na conta da Copa são os investimentos em estádios, os investimentos em questões operacionais para a realização do Mundial.
Para Guimarães, da Consultoria Legislativa do Senado, no entanto, foi o governo que colocou todos os investimentos na mesma rubrica da Copa do Mundo. A consultoria é encarregada de produzir estudos e notas técnicas de esclarecimento sobre questões de relevância para o Congresso.
Para ele, um exemplo disso é a aprovação na Câmara dos Deputados do Regime Diferenciado de Contratações (RDC) para obras do Mundial e dos Jogos Olímpicos de 2016.
- Por que se aprovou o RDC? Para a Copa. Tudo vai entrar como obra da Copa depois do RDC.
Na madrugada desta quarta-feira os deputados concluíram a votação da medida provisória que cria um regime especial para as obras da Copa do Mundo de 2014, das Olimpíadas de 2016 e da Copa das Confederações de 2013.
Pelo regulamento, que ainda tem que ser aprovado no Senado, o governo não precisará informar ao público os valores que pretende gastar em cada obra até o final da licitação. Durante o processo, esses dados ficarão restritos a órgãos de controle.
Info gastos copa

Audiência públicaNesta quarta, a Câmara de Vereadores também decidiu antecipar para quinta-feira (30) uma audiência pública para discutir o projeto de isenção do Fielzão. Inicialmente, a audiência pública estava marcada para acontecer no dia 4 do mês que vem.

A audiência, organizada pela Comissão de Finanças da Câmara, acontece às 9h no salão nobre da Câmara Municipal (viaduto do Jacareí, nº 100, centro de São Paulo).

No valor de R$ 420 milhões, os incentivos fiscais representariam grande parte do investimento nas obras. O resto deve ser levantado com empréstimo do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social). Apesar de o projeto de incentivos ainda não ter sido aprovado pelos vereadores de São Paulo, o Corinthians já disse aos deputados que o valor servirá para bancar quase metade da construção do estádio. O processo foi agilizado após visita de Andrés à Câmara Municipal no dia 21 de junho. O Projeto de Lei 288/2011 foi lido no plenário da Câmara Municipal na última terça-feira (21) e encaminhado no mesmo dia à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) para avaliação, que aprovou o documento nesta quarta.
O Corinthians precisa do incentivo da prefeitura para construir o estádio para a abertura da Copa do Mundo. Contudo, alguns vereadores são contrários à liberação do benefício para uma obra privada. Aurélio Miguel (PR) é um exemplo. Ele pediu vistas do projeto de isenção fiscal e atrasou a votação. A intenção da maioria dos vereadores é aprovar o projeto no máximo até a próxima semana.
 O R7 ouviu especialistas em finanças públicas, que afirmam que esse tipo de incentivo é dinheiro público.

Com esse valor de R$ 420 milhões seria possível construir 787 unidades de saúde, de acordo com dados do Ministério da Saúde, ou então 420 creches ou mesmo 100 escolas de ensino fundamental, segundo a Secretaria Municipal de Educação. Nesses itens, as realizações da prefeitura estão aquém das promessas de campanha da reeleição de Kassab, em 2012.
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De: QUANDO TUDO É IMPORTANTE <noreply@blogger.com>
Assunto: QUANDO TUDO É IMPORTANTE
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