Nissim Yeshaya, juiz de Israel, causou constrangimentos e polêmica ao afirmar, durante audiência relativa a estupro de uma menor, que "algumas meninas gostam de ser estupradas". Segundo o site Ynet, embora aposentado, o juiz continua atuando em casos de apelação institucionais em Tel Aviv, capital do país.
Aliza Laví, presidente da comissão para o Status da Mulher, solicitou a interdição de Yeshaya. A jovem, vítima do estupro que ensejou a criação do processo (hoje maior de idade), tinha 13 anos na ocorrência do delito.
Aloni Sadovnik, advogada da jovem, afirmou: "No meio de um debate acalorado, o juiz diz de repente alto e para todos os presentes ouvirem, ‘Há algumas meninas que gostam de ser estupradas. A sala ficou em silêncio. inclusive os (outros dois) membros do tribunal (de apelações) ficaram calados por vários minutos. Ele nem sequer percebeu o que acabava de dizer. Não entendia por que todo mundo estava em silêncio ao mesmo tempo”.
Segundo Sadovnik, os outros dois juízes tentaram acalmar os ânimos e atenuar os efeitos da declaração.
Yeshaya pediu desculpas, classificando o "escândalo": "não é sério". Estão tentando conseguir publicidade às minha custas. Eu não acho que a vítima de um estupro não sofre danos com ele ou que o estupro não é um crime grave. (Meus comentários) foram mal interpretados".
Benjamim Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, declarou que “uma pessoa que se expressa assim não merece o cargo”.
Qual é a sua posição a respeito deste caso? Seria apenas um exagero por parte dos opositores e de defensores da mulher, de modo que, assim, angariam maior repercussão e publicidade ou, de fato, tal declaração é inadmissível, sobretudo para um juiz, ainda mais em uma audiência sobre estupro? Emita sua opinião e contribua para o diálogo democrático.
Lígia Ferreira é analista de sócio-mecanismos.
Com informações de Agência Efe/Pragmatismo Político
De: Folha Política <noreply@blogger.com>
Assunto: Folha Política
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