08 maio, 2013

Pré-Socráticos: Papo de Blodega

O futebol é uma caixinha de surpresas filosóficas

Caros estudiosos da escolástica filosófica do ludopédio brazuca, a aula de hoje versará sobre o período pré-socrático do pensamento ocidental (e acidental) dos pensadores tropicais. Como sabemos, Sócrates foi um grande luminar do futebol e da medicina, precursor do movimento que se tornou conhecido como “democracia corintiana”, pai da filosofia futebolística moderna e com o calcanhar mais famoso do que aquele grego, o Aquiles.
Segue uma breve apresentação dos precursores do grande pensador corintiano:eis os filósofos pré-socráticos

Vicente Matheus

Espanhol radicado na Terra Brasilis, pode se dizer que foi um visionário, inclusive na área empresarial, pois previu a criação da AMBEV com décadas de antecedência quando agradeceu em público a Antártica pelo envio das brahminhas. Mesmo após a sua morte, suas frases e pensamentos continuam influenciando a escola futebolística e se tornaram folclóricas, e até hoje sabemos que o difícil não é fácil e o jogo só acaba quando termina, e haja o que hajar o seu time será campeão, comigo ou sem migo, pois quem está na chuva é pra se queimar. Mesmo pré-socrático, os dois vultos do pensamento chegaram a ser contemporâneos. E sobre Sócrates, foi taxativo: inegociável,invendável, imprestável. Mais sucinto do que o “Veni,Vidi,Vici” de Júlio César (o imperador romano, não o goleiro)

Dadá Maravilha

Sua capacidade de fazer gol só era superada por sua capacidade de promover a si mesmo. Além disso, lhe foi atribuída a habilidade ímpar de parar no ar, comparável ao beija-flor ou helicóptero, capacidade essa adquirida por um peculiar hábito por ele praticado. Podemos considerá-lo um pragmático, e o que fincou essa linha de pensamento foi a sentença divisora de águas: “não me venham com a problemática que eu dou a solucionática”. Sua objetividade e praticidade ficava clara em suas afirmações sobre não ter tempo de aprender a jogar enquanto fazia gols ou de que não existe gol feio, e feio era não fazer gol.

Garrincha

Filósofo e jogador de Pau Grande (sua cidade natal, maldoso), Garrincha foi mais um dos grandes frasistas pré-socráticos. Sua afinidade com o determinismo ficou bem clara no episódio no qual, após o técnico expor toda sua estratégia contra a seleção soviética, tascou:”só falta combinar com os russos”. Esse insight sintetiza uma visão holística sobre as vicissitudes do destino, ainda abarcando a Teoria dos Jogos em seu cabedal teórico. As demais frases a ele atribuída mostram uma visão de mundo simples, porém com observações irônicas do cotidiano. Porém muitos questionam a paternidade de muitas dessas frases. Já a paternidade de seus inúmeros filhos são inquestionáveis. E, como Sócrates, era um apreciador de bebidas, bebidas essas que não eram cicuta, muito menos Sukita.

De: Papo de Blodega <moziel81@
Assunto: Papo de Blodega - Aqui Até a Conversa é Fiada
Para: sulinha3@yahoo.com.br