23 maio, 2013

Animais salvos de serem mortos em rituais de magia negra precisam de ajuda, em SP via Valeria Zez

  • Guria isso é inadmissivel ...#CHOCADACOMOSERHUMANO

    Fotos: Divulgação
    Fotos: Divulgação
    Depois de exaustivos pedidos de ajuda, muitas ligações de celular e nenhuma paz de espírito, finalmente uma luz se acendeu no dia 9 de maio. Passei o dia inteiro agoniada quando recebi pela manhã uma mensagem da Juliana dizendo que a sobrinha do velho que usa os animais para fazer magia negra estava nos ameaçando e dizendo que iria nos esperar quando chegássemos lá, pois os animais estavam prometidos para os guias e nós iríamos acertar as contas com a sua “turma”.
    Entrei em total desespero, e alguns de vocês puderam tomar conhecimento disso, pois liguei para muitas pessoas, quase à exaustão. Uma pessoa cujo nome não sei se posso mencionar me passou um telefone, para o qual liguei e obtive o telefone do Feliciano Filho, deputado estadual do estado de São Paulo. Liguei pra ele imediatamente e expliquei toda a situação. Estava em pânico.
    Ele me orientou a procurar uma Delegacia do Meio Ambiente, e eu expliquei que isso já havia sido feito, mas que precisávamos de escolta para tirar os animais de lá imediatamente, pois senão seria tarde demais. Ele disse que eu poderia ligar para ele da delegacia caso não conseguisse a escolta. O dia foi passando e o desespero aumentando, pois não conseguia contato com o Orlandin, o único homem que poderia ajudar, e quem resgatou, junto com a Juliana, a primeira cadelinha que tiramos do inferno, agora sob minha responsabilidade e da Celi.
    O Orlandin tem seu abrigo, com mais de 100 animais, precisava ir lá levar ração, e o dia passou sem que conseguíssemos a certeza do resgate. À tardinha, recebi outra ligação, de uma moça chamada Priscila, cujo telefone não registrei em meio a tantos que estão no meu celular, mas a quem quero agradecer imensamente pela ajuda. Ela me passou o telefone do Diógenes, um veterinário que caiu do céu como um anjo na nossa vida, disposto a ajudar, ajuda esta que agarramos no ato. Os animais que ficaram lá eram ariscos, e eu e a Juliana jamais conseguiríamos sem a ajuda de um homem com experiência em resgates difíceis.
    Mas faltava ainda a ajuda da policia. Eram 17h30, meia hora antes de sair do meu trabalho, minha intuição me mandava ligar de novo para o deputado. Assim o fiz. Ele estava prestes a entrar numa palestra, e desligar o celular, e foi mesmo Deus que me fez ligar pra ele naquele instante. Um minuto a mais e tudo estaria perdido. Ele me pediu para ligar para uma delegacia do meio ambiente,  pegar o nome do delegado e retornar a ligação pra ele. Assim o fiz. Dez minutos depois a secretária dele me ligou, dizendo que tudo estava resolvido, e que iriam me contatar da polícia.
    Desliguei e o telefone tocou. Era um policial, perguntando a que horas poderia passar na minha casa. Marcamos então a saída para 7h30 da noite. Segui o carro da policia até o inferno em que os animais estavam. Chegamos lá, os vizinhos vieram até a porta. Estavam todos educados, gentis e amáveis. Vieram dizendo que os animais não estavam mais lá. Os portões estavam abertos. Neste momento percebi que meu coração é forte. De enfarto eu não morro mais. A Juliana embranqueceu. Dava para ver o desespero nos olhos dela.
    Entramos na casa, e dali a pouco ouvimos um rosnado. Era um deles. Com muito tato e petiscos, Diógenes entrou, e depois de uns 45 minutos ou mais conseguiu ganhar a confiança da primeira cadelinha, a maior. Laçou-a com a coleira, amarrou seu focinho e a tirou dali direto para o carro. Estava muito assustada. Em outro cômodo, descobrimos a mais debilitada. Estava trancada, provavelmente sem comer há muito tempo. Vejam as fotos.
    A Juliana a pegou nos braços, ela não deixava colocar a coleira, certamente pensou que seria levada para a morte. Esperneou desesperadamente. Imagino o que ela já viu ali. Com muito cuidado, a Ju a pegou no colo, e tentou alimentá-la. Ela comia e engasgava. Está pele e osso, parece que vai quebrar a qualquer momento. Com a tutela das duas cadelinhas, saímos do inferno. Uma senhora me disse que cadelinhas eram entregues a rituais para mulheres. Cães machos, para homens. E que o velho degolava os animais e pendurava no poste, até secar o sangue, que escorria em um vaso (que vimos lá) para rituais de magia negra.
    Isso significa que as três cadelinhas que tiramos de lá ao todo (uma na segunda feira e as outras duas esse dia) estavam prometidas para guias em rituais de magia negra a pedido de mulheres. A vizinha pediu o nosso telefone, “para qualquer coisa”. Óbvio que demos errado.
    Dirigimos-nos para a casa da Dª Maria, pois no stand by estava a Celi Cardoso, buscando desesperadamente na internet alguém que pudesse receber por um dia dois animais imundos, não vacinados, as duas da manhã. Não consegui dormir. Parecia que levei uma surra.
    Deixo aqui meu agradecimento a todos os anjos que não nos abandonaram. Teremos de conseguir taxi dog para levar as que resgatamos para uma clínica, para fazerem exame de sangue. Uma delas ficará na casa da Dª Maria, que nos ofereceu hotelzinho por 300 reais no total, para a maior por um dia e para a menor pelo mês inteiro, e cuidará dela dentro de casa. Optamos por não mandar a menor para outro hotelzinho, pois ela não aguentará, ela precisa de alguém próximo cuidando dela. Arrecadamos 350 reais e tivemos oferta de ajuda para exames.
    Quem quiser nos ajudar, por favor, escreva.
    Contato: Luciana -  lu131313@gmail.com

 
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