11 março, 2013

História em quadrinhos no Brasil: Anos 70



HISTÓRIAS EM QUADRINHOS NO BRASIL: ANOS 70

No início dos anos 1970, os quadrinhos infantis no país predominaram, com a publicação das revistas de Maurício de Sousa e a montagem pela Editora Abril de um estúdio artístico, dando oportunidade a que vários quadrinistas começassem a atuar profissionalmente, produzindo principalmente histórias do Zé Carioca e de vários personagens Disney, e também trabalhando com todos os personagens dos quais a editora adquirira os direitos, como os da Hanna-Barbera.
Em 1970, Primaggio Mantovi se torna diretor de arte da RGE. Em 1972, lança pela editora a revista de um personagem criado por ele, o palhaço Sacarrolha. No ano seguinte, começa a trabalhar na editora Abril, produzindo história dos personagens Disney (roteirizando ou desenhando roteiros de outros artistas : Pato Donald, Mickey, 00-Zero, Superpateta, Peninha e logo assume o comando do "Centro de Criação do Grupo de Publicações Infanto-Juvenis". Em 1975, Sacarrolha passa a ser publicado na editora Abril e nos suplementos Folhinha da Folha de São Paulo e Hojinho do Jornal de Hoje do Rio de Janeiro.
Primaggio também roteirizou histórias do Zorro, um personagem surgido nos pulps e que que não pertence a Walt Disney Company, mas que chegou a ser licenciado pela empresa. Em 1957, a Walt Disney produziu um seriado live-action baseado na criação de Johnston McCulley. No ano seguinte a Dell Comics publicaria histórias na revista Four Color, desenhada por Alex Toth. Não era a primeira vez que a revista publicava histórias do personagem: em 1949 (no Brasil, a história saiu na primeira versão da revista Edição Maravilhosa), já havia publicado uma adaptação do livro de McCulley. O sucesso da série de televisão no Brasil, fez com que a Abril publicasse essas histórias produzidas por Toth e por outros artistas como Warren Tuffs, e o sucesso do personagem fez com que a editora encomendasse histórias produzidas por artistas brasileiros. Ivan Saidenberg e Primaggio eram responsáveis pelos roteiros e os desenhos eram executados por artistas como Rodolfo Zalla, Walmir Amaral, Moacir Rodrigues Soares e Rubens Cordeiro. Logo depois, em 1979, o personagem teria outras revistas publicadas pela EBAL, inicialmente publicando material estrangeiro, mas dois anos depois a editora encomendou uma série produzida por artistas brasileiros, com roteiros de Fernando Albagui e Franco de Rosa e arte de Sebastião Seabra.
Em 1984, Franco de Rosa produziria uma nova revista do Zorro para a Press Editora, pois, segundo Rosa, o personagem havia se tornado de domínio público.
Vale mencionar a tentativa da Editora Abril em abrir espaço para personagens e autores brasileiros, com o lançamento da Revista Crás! (1974-1975), que trazia alguns personagens satíricos como o Satanésio (de Ruy Perotti) e o Kaktus Kid (de Canini, conhecido desenhista brasileiro do Zé Carioca).
Nessa década, também são realizadas exposições sobre como o "Primeiro Congresso Internacional de Quadrinhos", realizado em 1970, no Museu de Arte de São Paulo. O evento foi realizado pela Escola Panamericana de Artes e a Prefeitura de São Paulo, e teve exposições de originais e palestras de artistas brasileiros e estrangeiros.
Em 1974, surge o primeiro Salão Internacional de Humor de Piracicaba, sendo tal evento uma evolução dos "salões de caricaturas" criados por Edson Rontani. Anos mais tarde, o filho de Edson Rontani, Edson Rontani Junior, se tornaria presidente do evento.

Fonte: Wikipédia


De: "Geleia General" <noreply@blogger.com>