09 março, 2013

Elementar meu caro…


Qual deles você acha mais "fotogênico" com o Sherlock dos livros?
Quem nunca ouviu essa frase? Quem não conhece o  mais famoso detective da literatura? O cara que fuma cachimbo, toca violino quando está solitário em seu apartamento na 221B Baker Street ? 47.700.000, esse é o resultado aproximado de uma busca no Google se você digita Sherlock Holmes.
O personagem que atingiu tamanho reconhecimento que acabou por “engolir” seu criador, quando se fala de Conan Doyle e Sherlock Holmes quase sempre se ouve falar em Sherlock Holmes como “O Personagem criado por Conan Doyle” e não se ouve falar em Conan Doyle como “O Homem que criou Sherlock Holmes”.
Sherlocke Holmes é uma das séries mais publicadas da história.
Sherlock Holmes é um personagem de ficção da literatura britânica criado pelo médico e escritor Sir Arthur Conan Doyle. Sherlock é um investigador do final doséculo XIX e início do século XX que aparece pela primeira vez no romance A Study in Scarlet (Um estudo em Vermelho) editado e publicado originalmente pela revistaBeeton’s Christmas Annual, em Novembro de 1887. Investigador ficou famoso por utilizar, na resolução dos seus mistérios, o método científico e a lógica dedutiva. O que por incrível que parece era muitas vezes subestimado pela policia londrina e alguns personagem chegaram a se perguntar se Sherlock era menos um ser humano!
Podemos dizer que esses são os casos de terror dentro da série de Conan Doyle.
A série investigativA de Conan Doyle saiu dos livros e se materializou. Não precisa viver na Inglaterra para conhecer o lar de Sherlock Holmes, o 221B Baker Street é um dos endereços mais famosos de Londres e abriga hoje um museu com o nome do personagem, as histórias do detective se passam entre vários cartões postais da capital inglesa. Muito embora o personagem tenha longas estadias em outro lugares, um dos locais mais visitados por Sherlock Holmes, entre um caso e outro, é aCharing Cross Station, quando a investigação era em Londres, Holmes não deixava de passar pela Fleet Street, pela Oxford Street, pela Strand, no Pall Mall, e naTottenham Court Road, endereços recorrentes dos contos do personagem.
A clássica imagem do detective usando boné inglês com um cachimbo na mão.
A série de aventuras do “Consultor ivestigativo” (como ele costumava se referir) conta com mais ou menos 60 romances de autoria de Arthur Conan Doyle, sendo eles, cerca de 56 contos, e 4 romances, onde Sherlock Holmes na companhia de seu fiel escudeiro e colega de quarto Dr. Watson, resolvia casos insolúveis até mesmo para a Scotland Yard. O personagem habita o imaginário de jovens e adultos desde que foi publicado há mais de 150 anos.
Entre 1911 a 1913, Doyle se cansou da fama do detetive,esse período é conhecido pelos sherlockianos como The Great Hiatus (O Grande Hiato).
Holmes costuma ser uma pessoa arrogante, que está correta sobre inúmeros assuntos e com palpites certeiros e até assombrosos. Além do aspecto erudito e apreciador dos bons hábitos ingleses, não demonstra muitos traços de sentimentalismo, preferindo o lado racional de ser. É também um personagem orgulhoso, parece dominar vários assuntos sem o próprio autor descrever seus estudos. Holmes apresenta alguns hábitos peculiares como a prática de artes marciaisesgrima de armas brancas, bastão e bengala. Além disso, diz-se que é um exímio violinista.
Holmes, tem como personalidade forte não gostar que o interrompam em suas reflexões, gosta que o deixem pensar sem que o interrompam a toda hora. Não se vê Holmes estudando sobre tudo, mas domina misteriosamente e incrivelmente uma vasta quantidade de assuntos do conhecimento humano, tais como Política, Química, Geologia, Línguas, Anatomia, Literatura Sensacionalista, etc. Holmes demonstra, ao longo das suas investigações, uma capacidade de dedução e um senso de observação extraordinários, ajudados por uma cultura geral extensa e variada (ex: é capaz de identificar a marca de um tabaco somente pelo seu cheiro e pela cor de suas cinzas). Quando envolvido com algum problema, pode passar noites sem dormir ou comer, o que inquieta o amigo Watson. Mestre na arte do disfarce, com um pouco de pó-de-arroz  e alguns tufos de cabelos auxiliado por seu talento teatral conseguiria enganar a própria mãe!
Sir Arthur Conan Doyle (1859-1930), médico e escritor.
Outra de suas marcas registradas, a frase: “Elementar, meu caro Watson”, foi criada no teatro, com muitas outras particularidades, como o cachimbo curvo do detective. Muito embora alguns aleguem que se trate de uma das primeiras falas do personagem em seu romance de estreia Um Estudo em Vermelho (1887), ela não se encontra no original nem em outras traduções do texto. No resto de toda a obra, a frase não torna a acontecer, aí sim tendo sido popularizada pelas adaptações das aventuras no cinema, tv e rádio. Outro fato curioso também é que Sherlock jamais atirou em alguém, carregava uma arma pequena, curta, jeitosa e muito útil, a usava como um suporte para intimidar ou deter alguém, sempre que precisou atirar acegurava-se de não matar ninguém pois uma das cobranças que fazia a si mesmo era a de garantir prender o culpado e entrega-lo para ser julgado. Um cadáver para Sherlock seria considerado um trabalho incompleto.

Família

Segundo alguns indícios (literários), Holmes nasceu em 6 de Janeiro de 1854 , filho de um agricultor e de uma mãe de origem francesa, considerando que sua avó era filha do pintor Horace Vernet. Tinha um irmão mais velho, Mycroft Holmes, trabalha para o Serviço Secreto Britânico. Mycroft passa a maior parte do seu tempo livre noDiogenes Club. Segundo Holmes, seu irmão Mycroft não somente é mais brilhante do que ele próprio, como também possui um senso de observação e de dedução muitas vezes superior, embora seja considerado “muito preguiçoso” para ir aos locais das investigações para analisa-las quando faltam informações. Em um de seus casos, intitulado por Watson de  “O Intérprete Grego”, o colega de quarto descreve um encontro entre os irmãos, onde os dois se encontram no Diogenes Club (que é um espaço para a elite intelectual, politica e rica de Londres se encontrarem ou fugirem um pouco da rotina), cujo Microft é um dos fundadores. Os dois mantêm um diálogo recheado de deduções sobre um transeunte que deixam Watson completamente perdido com a lógicas dos dois.

Os Livros (ordem cronológica)

Romances e Contos

*O período de 1911 a 1913, Doyle se cansou do sucesso de seu detective e resolveu parar de escrever sobre ele, essa pausa é conhecido pelos sherlockianos como The Great Hiatus (O Grande Hiato de Doyle).

Sherlock, o Original e os Derivados

Eleito pela crítica como o mais fiel (interpretação/roteiro) Sherlock Holmes.
Depois de observar qualquer estranho, o Dr. Joseph Bell (1837-1911), um cirurgião de Edimburgo, era capaz de deduzir muito de sua vida e de seus costumes. Isso impressionou um de seus alunos, Arthur Conan Doyle, que admitiu ter usado e ampliado seus métodos quando concebeu o detective Sherlock Holmes. Bell inspirou não somente a criação da personalidade de Holmes, mas também o porte físico do detective. Em um texto publicado no periódico The National Weekly em 1923, Doyle conta como foram seus anos na faculdade de medicina, quando iniciou o processo de criação de seu personagem mais famoso (Doyle também é o responsável pela série O Mundo Perdido). Neste, o aluno descreve seu notável professor Bell:
“Era magro, vigoroso, com rosto agudo, nariz aquilino, olhos cinzentos penetrantes, ombros retos e um jeito sacudido de andar. A voz era esganiçada. Era um cirurgião muito capaz, mas seu ponto forte era a diagnose, não só de doenças, mas de ocupações e caráteres.”
Doyle teria se baseado também na filosofia metodológica de Bell, que dizia:
“A maioria das pessoas vêem, mas não sabem observar”, dizia o dr. Bell aos seus alunos. “Olhando de relance um indivíduo, a gente pode identificar-lhe o país de origem por suas feições; pelas mãos, a profissão e os meios de vida; e o resto da sua história é revelado pelo modo de andar, os maneirismos, os berloques do relógio, e até os fiapos que aderem às suas roupas.”
Exemplo de personagem influenciado pelo personagem de Doyle, na televisão, é o detetive Adrian Monk, da série homônima, que tem um senso de observação e dedução do mesmo nível de Sherlock, mas destaca-se pelo seu transtorno obsessivo-compulsivo (que, por sinal, são parte de seu sucesso como detective). Outro personagem inspirado em Sherlock é Gregory House, da série de TV norte-americana House M.D., chefe do departamento de diagnósticos que utiliza lógica dedutiva para desvendar as mentiras de seus pacientes; House está sempre dizendo: “Todo mundo mente”. As similitudes entre Holmes e House são muitas: o homem que atirou em House se chama Moriarty, maior inimigo de Holmes, House também é viciado, também tem gosto pela música e mora no número 221. (Você nunca tinha reparado nisso não é mesmo?! ^^)
Gregory House, cognome Sarcasmo.
Nos desenhos, a Disney criou o personagem Sir Lock Holmes, visivelmente inspirado em Sherlock pois, além do nome parecido, possui o mesmo porte físico, está sempre com o cachimbo e gosta de tocar violino. Diferente de Sherlock, porém, é totalmente desafinado no violino e erra todas as deduções (estando mais para Inspetor Clouseau rsrsrsrsrs). Outro personagem da Disney com nome e características parecidas é Berloque Gomes, porém este não é um personagem cômico, e sim um detective que auxilia Mickey (o personagem mais sem graça de Walt) em algumas investigações (pois é quem não tem criatividade pra criar algo original vive de cópias mesmo).

Filmes e séries: os mais famosos são esses Sherlock Holmes (1922), The Private Life of Sherlock Holmes (1970), Young Sherlock Holmes (1985), Sherlock Holmes(2009)Sherlock (2010)(essa é uma recente série britânica, leia mais sobre ela logo abaixo), Sherlock Holmes: A Game of Shadows (2012). Para os fãs de desenhos, a melhor adaptação animada de Sherlock pode ser conferida no desenho Sherlock Holmes no Século XXII, recomendo, a trama é muito boa.
A trama futurista foi uma boa adaptação, recomendo.
Sherlock é a mais nova adaptação do personagem feita pela televisão britânica, a série que apresenta uma versão contemporânea de Sir Arthur Conan Doyle ‘sSherlock Holmes histórias de detective. Ela foi criada por Steven Moffat e Mark Gatiss , e as estrelas Benedict Cumberbatch como Sherlock Holmes e Martin Freeman como doutor John Watson . Depois de um piloto unbroadcast em 2009, a primeira série de três episódios de 90 minutos foi transmitido na BBC One e BBC HDem julho e agosto de 2010. Uma segunda série de três episódios estreou na BBC One em 1 de Janeiro de 2012. A terceira série já foi encomendado. (Yahooooo!)
Destaque para a trilha sonora e a excelente adaptação da trama. Recomendo.
Hartswood Films produziu a série para a BBC , e co-produzido com WGBH Boston para sua Masterpiece série de antologias . As filmagens tiveram lugar em vários locais, incluindo Londres e Cardiff .
Recepção crítica foi muito positiva, a primeira série ganhou o 2011 BAFTA Television Award para Melhor Série de Drama. A primeira série, juntamente com o piloto unaired e comentários em áudio, foi lançado em DVD e Blu-ray Disc em 30 de agosto de 2010. A segunda série, também com comentários, é para ser lançado em DVD região 2 em 23 de Janeiro de 2012.
Curiosidade:
Apesar do grande sucesso de sua obra, Conan Doyle não gostava de escrever histórias para Sherlock Holmes pois considerava o romance policial literatura de segunda classe e, na verdade, esse tipo de história só passou a ser respeitado após o sucesso de seu personagem. Conan Doyle preferia escrever o que considerava literatura de qualidade, o único livro medianamente famoso é O Mundo Perdido. Em uma certa ocasião o Dr. Watson chega a dizer: “A obra é tudo, o autor não é nada.” Por esse e outros motivos muitos leitores verem Watson como um Doyle mascarado.
SOBRE AS MINHAS LENTES:
Primeiro uma dica, se for ler ou comprar algum livro da série, indico a editoraMelhoramentos, pois ele tem uma das mais conceituadas traduções de Sherlock Holmes no Brasil. Algumas outras boas editoras como a Martin Claret, que oferecem os livros a baixo preço (R$ 9,00 à R$ 14,00) não tem uma boa tradução, sendo os textos muito resumidos e algumas poucas passagens equivocadas.
O personagem é fantástico embora algumas pessoas o achem preconceituoso (deve-se ter em mente que Sherlock está inserido em um contexto bem diferente da nossa realidade), muito cativante e a trama é envolvente, deixa o leitor com expectativa criando suas próprias teorias para a solução dos casos. É uma ótima opção de leitura, recomendo a todos!
Sobre as novas adaptações, particularmente não gostei tanto do filme lançado em 2009, o Junior é um boa ator, mas a fisionomia de  Sherlock e Watson ficaram conflitantes, a fisionomia de Law é perfeita para interpretar o personagem, mas eles não deixariam o ator mais caro com o papel secundário não é? ^^. Mesmo assim é muito divertido ver uma nova versão de Sherlock ganhando as telas.
De toda forma podemos notar que os “novos” Sherlocks são mais divertidos e engraçados, com um humor menos seco e podemos dizer que estão mais moderninhos. Como fã da série o do personagem, eu diria que o melhor romance sherlockiano é O Cão dos Baskervilles, e melhor conto na minha escolha é o caso d’O Ritual de Musgrave.
Como um homem cético pode vencer algo sobrenatural?


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