21 março, 2013

Ana Carolina e Emilio Santiago via Zélia Vicente Vicente



Emílio Santiago: “sorriso e gargalhada únicos” interrompidos aos 66 anos

Fagner ressaltou a alegria de Emílio Santiago (foto) Foto: Divulgação        Fagner ressaltou a alegria de Emílio Santiago (foto) Clique aqui para assistir ao vídeo
Foto: Divulgação
O cantor Fagner esteve no velório de Emílio Santiago, na tarde desta quarta-feira (20), e lamentou a morte do amigo, ocorrida devido a complicações causadas por um AVC (Acidente Vascular Cerebral) isquêmico. Emílio estava internado desde o dia 7 de março no Hospital Samaritano, no bairro de Botafogo, Rio de Janeiro.
"Uma grande perda, não só pela música, mas pela figura humana. Era uma grande figura, com um sorriso e uma gargalhada únicos. Vai deixar um vazio para os amigos", disse ele.
Em seguida, Fagner elogiou a carreira artística de Emílio Santiago. "Era uma voz única. O Nat King Cole brasileiro. Uma voz aveludada, doce. E sempre preocupado com o repertório, em interpretar boas canções", afirmou.
​De advogado a cantor de MPB
Emílio Santiago nasceu no Rio de Janeiro, no dia 6 de dezembro de 1946. Apesar de ser formado pela Faculdade Nacional de Direito, a música sempre falou mais alto em sua vida. No ínicio, foi influenciado por cantores como Nelson Gonçalves, Cauby Peixoto e Anísio Silva. Depois, deixou-se levar pela bossa nova e a voz e violão do ícone João Gilberto.
Relembre trajetória de Emílio Santiago na música brasileira
Ainda na faculdade, começou a cantar em festivais e participou do programa de calouros A Grande Chance, apresentado por Flávio Cavalcanti, que o levou a gravar o primeiro compacto: Transas de Amor. Em 1975, gravou seu primeiro disco, intitulado Emílio Santiago, que o levou a ser conhecido nacionalmente. Em 1982, venceu o festival MPB Shell, da TV Globo, cantando Pelo Amor de Deus.
Chegou a cantar em diversos bares e casas noturnas no Rio de Janeiro e em São Paulo e, em 1985, foi escolhido como melhor intérprete no Festival dos Festivais, da TV Globo. Três anos depois, recebeu o convite de Roberto Menescal e Heleno Oliveira para fazer o primeiro disco da série Aquarela Brasileira, releitura de músicas clássicas da cultura brasileira. O projeto de sete discos foi um sucesso imediato e a série ultrapassou a marca de quatro milhões de cópias vendidas.
Apresentou-se na Europa e nos Estados Unidos e chegou a ser comparado a Johnny Mathis pelo crítico Stephen Holden, do New York Times, que o viu certa vez en um show no Ballroom, em Nova York. Em 2000, assinou com a Sony Music e gravou Bossa Nova, uma grande regravação de clássicos do gênero.
No ano seguinte, gravou Um sorriso nos lábios, tributo a Gonzaguinha e João Donato. O último disco de Emílio Santiago foi Só Danço Samba (Ao Vivo), lançado em 2012, o primeiro pelo selo de sua propriedade, a Santiago Music. Ao longo de sua carreira, Emílio Santiago lançou mais de 25 álbuns e quatro DVDs. Em 2013, ganhou o Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba/Pagode, por seu último trabalho.
De: "Montanhas em Ação" < donotreply@wordpress.com >
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