16 março, 2013

‘A Igreja Católica não é uma ONG beneficente’ - papa Francisco

Sulinha Imprensa Livre

Deveria Ser. E dizer "mera ONG" é não conhecer o trabalho das sérias, que chegam aonde o poder constituído e as religiões não chegam

O maior não religioso e Pacifista de todos os tempos disse:

Se  Deus tiver de aparecer para os famintos, não se atreverá a aparecer em outra forma que não seja a de um prato de comida - Mahatma Gandhi 
http://br.groups.yahoo.com/group/Cidad3_ImprensaLivre/message/31388
 

Em seu primeiro dia útil, o papa Francisco mandou ontem diversas mensagens de que defende mudanças na Igreja Católica. Com gestos simbólicos, fez questão de sinalizar tempos de austeridade para a criticada instituição. Na primeira missa, rezada em italiano, o pontífice defendeu que a Igreja “caminhe” e seja “edificada” sobre bases sólidas – uma mensagem bem mais simples do que o denso discurso, em latim, feito por Bento XVI em 2005. Caso contrário, disse ele, a poderosa instituição corre o risco de deixar de ser uma igreja e ser rebaixada a uma mera ONG beneficente.
“A nossa vida é um caminho. Quando paramos, alguma coisa está errada”, disse Francisco, escolhido para liderar cerca de 1,2 bilhão de fiéis em um momento de crise no catolicismo.
O novo papa fez um chamado pela colaboração dos cardeais e estabeleceu uma espécie de lema para a Igreja em seu pontificado: caminhar, construir e difundir a palavra de Jesus.
“Nós podemos caminhar o quanto quisermos, podemos construir muitas coisas, mas se não confessarmos (professarmos) Jesus Cristo, a coisa não anda. Nos tornaremos uma ONG beneficente, mas não a igreja”, disse ele, sem anotações, em uma missa aos cardeais na Capela Sistina com transmissão pela TV,
Ao reforçar o apelo à religiosidade, o pontífice citou uma frase dura do escritor francês Léon Bloy (1846-1917): “Quem não reza ao Senhor reza ao diabo.”
"Quando não se confessa Jesus Cristo, se confessa o mundanismo do diabo, do demônio", disse Francisco.
Em seguida, ele disse que não adianta ao católico ocupar altos cargos na hierarquia da Igreja, caso ele vire as costas à cruz. A mensagem foi recebida no Vaticano como um aviso de que os religiosos devem zelar pela coerência entre palavras e ação, ou seja, entre o que pregam e o que fazem em suas vidas.
Francisco , de 76 anos, terá a missão de devolver credibilidade à Igreja, que enfrentou escândalos de abuso sexual e suspeitas de corrupção durante o pontificado de Bento XVI.
Virgem Maria - Antes, Francisco havia deixado discretamente o Vaticano, em um carro simples, para rezar por orientação em uma basílica de Roma dedicada à Virgem Maria.
O ex-arcebispo de Buenos Aires, cardeal Jorge Mario Bergoglio, entrou na Basílica de Santa Maria Maior, por uma entrada lateral, pouco depois das 8h locais (4h em Brasília) e deixou o local cerca de 30 minutos mais tarde. Ele havia dito à multidão que estava na Praça de São Pedro, logo após sua eleição, que pretendia rezar para a santa para que "ela olhe por todos em Roma".
Mudanças - Em suas primeiras horas de pontificado, Francisco chamou a atenção por quebrar o protocolo. Logo após sua eleição, ele exibiu humildade ao evitar o uso do sedan especial que o transportaria até o hotel, para, dessa forma, andar no ônibus com outros cardeais.
Ao fim do jantar de festa pela sua eleição, na noite de quarta-feira, o papa ainda disse aos cardeais que o escolheram: "Deus os perdoe pelo que vocês fizeram."
Agenda - Francisco rezará o Ângelus no próximo domingo da janela do apartamento papal, que tem vista para a Praça de São Pedro. A residência está trancada desde que foi efetivada a renúncia de Bento XVI, em 28 de fevereiro.
A missa solene de início de pontificado será realizada em 19 de março, e para a mesma são esperadas delegações oficiais de vários países. A presidente Dilma Rousseff confirmou presença no evento.
Brasil - O governo brasileiro comemorou a escolha de Bergoglio por dois motivos: sua identificação com a causa social e o fato de o escolhido não ter sido o brasileiro Odilo Scherer, cotado como um dos favoritos antes do conclave.
Scherer é visto como um conservador mais alinhado à ortodoxia de Bento XVI, com quem os governos petistas mantiveram relação fria.
Agora, o governo fez questão de reforçar o convite para que o papa participe da Jornada Mundial da Juventude, em julho, no Rio de Janeiro.
Jesuítas: em defesa da renovação.
A Companhia de Jesus – ordem religiosa à qual o papa Francisco pertence – destacou ontem a proximidade do novo pontífice com os pobres e seu compromisso com a renovação da Igreja Católica.
"Todos os jesuítas acompanham com orações este nosso irmão e agradecemos sua generosidade em aceitar a responsabilidade de guiar a Igreja em um momento crucial", disse o superior geral da Companhia de Jesus, o espanhol Adolfo Nicolás, em comunicado.
"O nome 'Francisco' nos remete a seu espírito evangelizador de proximidade com os pobres, sua identificação com os mais simples e seu compromisso com a renovação da Igreja", acrescentou.
Francisco é o primeiro papa jesuíta da história da Igreja.
Fundada em 1539, por Inácio de Loyola, um ex-soldado de família nobre basca, a ordem possui vocação missionária e pedagógica cultural e científica.
Os jesuítas, além dos três votos dos religiosos – pobreza, castidade e obediência –, professam um quarto, o de obediência ao papa.
Um amor frustrado. E ele virou padre.
Jorge Mario Bergoglio, hoje papa Francisco, poderia ter subido ao altar não como sacerdote, mas como noivo, se seu namoro de infância com Amalia, uma vizinha do bairro de Flores, em Buenos Aires, tivesse prosperado e se sua proposta de casamento não tivesse sido frustrada.
"Se não me casar com você, viro padre", disse um dia Bergoglio a Amalia quando tinham apenas 12 anos, segundo a própria.
Além do pedido, ela disse que Bergoglio desenhou uma casa, com a seguinte mensagem: "Essa é a casinha que vou comprar quando nos casarmos".
Amalia afirmou que o romance não prosperou por causa da oposição dos pais dela. "Não respondi à carta. Meu pai me deu uma surra porque eu me atrevia a ler a carta de um menino e fez todo o possível para nos separar. Depois disso, eu nunca mais o vi", disse.
Ela lembrou que Bergoglio era um menino muito correto e que sua mãe era uma "Virgem Maria". Para ela, os dois talvez fossem almas gêmeas. "Quando isso aconteceu com meus pais eu disse a Jorge que não se aproximasse porque meu pai ia me matar".

De: Africas - notícias de minuto a minuto <portalafricas@hotmail.com>
Assunto: Últimas das Religiões de Matriz Africana
Para: cidad3@yahoo.com.br