21 fevereiro, 2013

Tattoo: uma maneira de amar Charles Chaplin

Muitas pessoas ao ouvirem o nome “Chaplin” já perguntam: “É aquele cara do bigodinho?”. Outras apenas assistem à seus filmes porque “a professora mandou”. Já outras, estudam sua história simplesmente pela alegria e o amor contido em tudo que dela revela. Afinal, mesmo biografias e mais biografias prometendo dizer tudo sobre Charlie, existem milhares de coisas que não sabemos – e que talvez nem venhamos a conhecer.
Como por exemplo, não existem livros relativos ao amor dos fãs pelo Charlie! E é sobre isso que esse post falará hoje.
Cada um tem seu jeito de demonstrar o amor por certo artista ou até mesmo um objeto (sim existem esses casos), como, por exemplo, desenhos (na porta do meu quarto tenho Chaplin desenhado em tamanho real) ou fotos pela casa, ou, por que não, uma tatuagem?
Estive a um tempo olhando tatuagens em diversos lugares. Confesso que já pensei na possibilidade de talvez fazer alguma (completa indecisão) . Mas logo desisti da ideia.
Done by Eric at Inkstop Tattoo, in New
 York City
Done by Eric at Inkstop Tattoo, in New York City
Essa é minha favorita. Linda! Disponível em: http://poopbird.tumblr.com
Essa é minha favorita. Linda! Disponível em:http://poopbird.tumblr.com

Então lembrei-me que conheci uma moça através do Facebook, que havia me mostrado sua tattoo do Charlie. Achei simplesmente o máximo! E como o tema dessa postagem (Tatuagens + Amor de fã) tem tudo a ver com ela, porque não uma pequena entrevista ?
Vamos conhecer um pouco de Milene, uma grande fã do Charlie:
BC: Nome e idade. 
Milene: Milene Sanches Galhardo, 31 anos (07/04/1981, mesmo signo que o amado rs!!!!)
BC: De onde você é? 
Milene: São Bernardo do Campo, mas , atualmente moro em Taubaté.
BC: Como e quando conheceu Charlie Chaplin?
Milene: Bem, vou tentar resumir. Em 1995 a globo passou um festival Carlitos, todos os domingos depois do fantástico passava um filme. O primeiro que passou foi “O garoto”. Meu pai insistiu pra que eu assistisse, mas insistiu mesmo, falando que era legal, que eu iria gostar e eu, então com quase 14 anos, achei um saco assistir um filme mudo, preto e branco em pleno domingo à noite – depressão – comecei assistindo contrariada, mas instantaneamente, fiquei fascinada pela figura dele, me encantei por cada cena daquele filme (até hoje, mesmo vendo dezenas de vezes, choro com o menino sendo levado para o orfanato). ENCANTAMENTO é a palavra, só sei que meu pai foi dormir e eu fiquei rsrs. Num saía da minha cabeça, assisti todos os filmes que passaram nesse festival. Nesse mesmo ano, meu professor de história passou “Tempos Modernos”, para falar de capitalismo e comunismo, e disse o quanto que Chaplin sofreu perseguição. Pronto, precisava conhecer mais esse cara , ele só podia ser um cara interessante! Meus pais comentaram com meus tios sobre essa minha paixão e minha tia disse que tinha a autobiografia dele, e que eu podia pegar o livro pra ler. Li em uma semana (nunca tinha lido nada tão rápido). Foi o que bastava… Desde então, meu amor por ele não diminuiu em nada, só aumenta a cada biografia e filme que eu vejo. Acho-o a personificação da beleza e da poesia da vida, só por seus filmes, não só os mudos, mas os falados também.
Milene, aos 14 anos já lendo uma biografia de Charlie.
Milene, aos 14 anos já lendo uma biografia de Charlie.
2013-02-03 21.29.25
Milene hoje.
BC: Qual é, segundo sua opinião, a melhor obra de Chaplin?
Milene: Essa é a mais difícil de responder. Amo todos os filmes, me emociono com todos, mas como o conheci com “O garoto” é o que eu tenho mais carinho. Mas há pouco tempo vi todos os filmes da Keystone na ordem que ele fez e foi uma experiência muito interessante ver a evolução do personagem. Monsieur Verdoux é o mais interessante e ele deveria ter terminado com Luzes da Ribalta (é lindo demais!). E Condessa de Hong Kong é melhor esquecer (mesmo achando uma gracinha quando ele apareceu como camareiro).
BC: Há quanto tempo você fez a tatuagem?
Milene: Fiz em 2006 (quando tomei coragem rsrs)
BC: Qual foi o fator decisivo para você fazer uma tatuagem, em homenagem ao Tramp?
Milene: Sempre quis fazer uma tattoo e queria fazer uma que tivesse muito a ver comigo. Desde sempre decidi fazer uma do Chaplin. É ele que me define e sei que meu amor por ele será eterno…
BC: Houve algum arrependimento após fazer a tatuagem?
Milene: Nenhum!
BC: Tem mais alguma tatuagem referente à outros atores?
Milene: Mesmo amando cinema, não tenho outra tattoo sobre o assunto, tenho uma de gato que também amo!
Tatuagem de Milene
Tatuagem de Milene
2013-02-03 21.27.32
Com sua coleção.
Obrigada Milene, pela atenção e pela mini entrevista. 
Bem galera é isso. Acho tatuagens lindas, e depois de ver tantas maravilhosas do Charlie, quem sabe eu perca o medo e faça uma também.
Até a próxima!
-Anny Moura

De: Blog Chaplin <donotreply@wordpress.com>
Assunto: Daily digest for 19/02/2013
Para: sulinha3@yahoo.com.br