23 julho, 2012

Outdoor de campanha para legalização da maconha exibe foto do pastor Pat Robertson

A campanha para regulamentação da maconha no estado norte-americano do Colorado, que visa equiparar a droga às bebidas alcóolicas, lançou um outdoor que exibe uma foto do pastor Pat Robertson como apoiador da Emenda 64, proposta que visa tal regulamentação.
Localizado da estrada I-70 em Grand Junction, no Colorado, o outdoor digital exibe uma foto de Robesrtosn ao lado da frase “Pat Robertson votaria SIM na 64. E você?”.
A associação da imagem do pastor à campanha em favor da legalização da droga é resultado de declarações feitas por ele em março em seu programa “The 700 Club”, quando defendeu legalização da posse de pequenas quantidades de maconha para as pessoas.
- Eu só acho que é chocante ver quantos jovens acabam em uma prisão e se transformarem em criminosos violentos, porque estavam em posse de uma quantidade muito pequena de uma substância controlada – afirmou em seu programa o evangelista, que em uma entrevista posterior ao The New York Times defendeu que a maconha deveria ser tratada em uma legislação similar à adotada para o álcool.
- Eu realmente acredito que devemos tratar a maconha da mesa forma como tratamos o álcool. Eu nunca usei maconha e eu não pretendo, mas é uma daquelas coisas que eu penso: esta guerra contra as drogas não teve sucesso – afirmou ao jornal.
De acordo com o Huffington Post, Betty Aldworth, uma das diretoras da Campanha, afirma que o apoio de um líder evangélico conhecido como Pat Robertson dá muita força para a Emenda 64.
A equiparação dos efeitos da maconha ao álcool é um assunto muitas vezes controverso. No Brasil a ideia é fortemente criticada pela coordenadora nacional da campanha contra a legalização da maconha, a psicóloga cristã Marisa Lobo, que em março classificou Pat Robertson como irresponsável por sua postura em favor da legalização.
Marisa Lobo afirma que a legalização da droga traria ao Brasil um problema social ainda pior que a situação vivida atualmente com o alcoolismo. Ela ressalta ainda que a maconha causa dependência química e oferece grandes riscos a saúde mental e física do usuário.
- Legalizá-la será dar atestado de burrice a nossa geração futura que são a esperança de um mundo melhor, digo isso porque um dos malefícios da maconha é justamente o empobrecimento dos neurônios, a destruição dos neurônicos que são responsáveis por nossa memória – afirmou a psicóloga em uma entrevista ao Guia-me.
- Resultados preliminares de uma pesquisa em andamento na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostram que consumidores de maconha têm performance até 30% inferior à de pessoas que não usam a droga em testes relacionados à capacidade de atenção, processamento de informações, abstração, organização de ideias, tomada de decisões e memória – complementou Marisa Lobo, que elencou ainda uma série de malefícios que o uso da droga pode acarretar no usuário.